É hora de honrar a camisa alvinegra

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Foto: Kid Júnior/SVM

Começa hoje no Castelão, a série de jogos nos quais o Vozão precisa ganhar. Então, ganhar do Goiás virou obrigação. No momento, empate e derrota são quase a mesma coisa: nada resolvem e conduzem à eliminação. Sendo assim, o compromisso único tem de ser com a vitória. No sábado passado, vi a vitória (0 x 1) do Fortaleza sobre o Goiás na Serrinha em Goiânia. O Goiás está na faixa da Sul-Americana (12º). Diante do Fortaleza, não se mostrou superior. O Leão dominou o primeiro tempo. Na fase final, houve um certo equilíbrio. A rigor, somente o atacante Pedro Raul gerou alguns incômodos para a defesa tricolor. É nele que a defesa do Ceará deve concentrar maior cuidado.

Quanto ao alvinegro, está difícil explicar. Aliás, desde o começo do certame que o Ceará não se acerta. Entra técnico, sai técnico, mas nada de o Ceará adquirir um padrão confiável. Quem ainda deu sinais de que conseguiria ajustar a equipe foi Dorival Júnior. Entretanto, o Flamengo o levou. Veio Marquinhos Santos que ficou até agosto. Também não ajustou a equipe. Aí foi a vez de Lucho González, que aí está. Com tanta mudança no comando, lógico que tudo embaralhou. É o retrato fiel da vacilação. 

Alerta 

Porangabuçu virou novamente centro de tensões. O que fazer para evitar o rebaixamento? O Ceará perdeu o rumo. E mais: exatamente num momento em que o time entra da reta de definição. A crítica aqui levantada tem o sentido construtivo. Não quero culpar ninguém isoladamente até porque em situações assim todos são culpados. Uns mais, outros menos, mas todos culpados. 

Inaceitável 

Não uso palavras agressivas. Não insulto. Faço uma conclamação respeitosa aos integrantes do elenco alvinegro. Não entrem para a história como protagonistas do maior fracasso do Ceará nos últimos cinco anos. Não destruam o que foi construído com tanto esforço, dedicação e sacrifício. Voltar para a Série B será humilhante. Será a certidão de incompetência. 

Contrapartida 

Faltam nove rodadas. Apesar de todas as dificuldades previstas, ainda há condições de o time evitar a eliminação. Para tanto, Vina precisa jogar mais. Lima precisa jogar mais. Jô precisa jogar mais. Mendoza precisa jogar mais. O que os senhores estão apresentando não corresponde à resposta que  precisam dar em contrapartida pelo que recebem. 

Compromisso 

Os senhores sabem jogar. Já registrei aqui jornadas memoráveis que os senhores realizaram. A todos elogiei, sem exceção. Têm talento. Mas há um hiato inexplicável. Um sumiço coletivo. Em Porangabuçu, do presidente Robinson de Castro ao mais humilde funcionário, quem tiver um pouco de pudor entenderá o que eu estou dizendo. É hora de honrar a camisa alvinegra.



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