É difícil um vencedor conviver com as derrotas

Confira a coluna de Tom Barros desta segunda-feira (13)

Legenda: Vojvoda está tentando tirar o Fortaleza momento de oscilação
Foto: Thiago Gadelha/ SVM

O Atlético-MG confirmou a razão pela qual é líder absoluto, sete pontos a mais que Palmeiras. De Everson a Hulk, um time organizado. Foi melhor que o Fortaleza. Na fase final, construiu a vitória com gols de Zaracho e Alonso. O Leão segurou o empate no primeiro tempo, mas foi incapaz de criar situações de gol. O que incomoda é ver novamente o Fortaleza vulnerável na defesa que sofreu seis gols nos dois últimos jogos. Ontem, Nacho, Hulk, Vargas e Naracho, livres, foram deixar a bola na rede tricolor (0 x 1). Não pode. Depois, numa cobrança de escanteio, três jogadores do Leão foram no jogo aéreo superados por Alonso (0 x 2). Falha inconcebível porque previsível nos jogos do Atlético. Não digo que o Fortaleza jogou mal. Não. Enfrentou as adversidades de um time que está voando no Campeonato Brasileiro. Um Atlético que agora, diferente da estreia, já havia estudado mais e conhecido mais as alternativas do Leão. As dificuldades serão ampliadas neste returno. O Fortaleza ainda está numa posição muito confortável. Mas não pode estacionar nesta sequência de insucessos. Isso pode fazer cair a autoconfiança e a autoestima. É difícil um time, antes vencedor, conviver com seguidas derrotas.   

Estreia  

O técnico Tiago Nunes não foi feliz ao estrear como técnico do Ceará. Em nenhum momento do jogo, o Vozão deu sinais de que poderia vencer. Nos primeiros trinta minutos, o Grêmio controlou as ações e criou as melhores oportunidades. Depois disso, quando o Ceará quis sair para o jogo, foi nocauteado com dois cruzados (2 x 0). Acabou ali. O Grêmio mereceu vencer.  

Sem finalização  

No primeiro tempo, o Ceará não conseguiu criar um momento de gol sequer. Foram 45 minutos e mais os acréscimos de tranquilidade para o goleiro Gabriel Chapecó. Ficaram devendo Vina, Lima, Jael e Mendoza. Mesmo quando avançou as linhas nos 15 minutos finais do primeiro tempo, o Ceará não criou nenhuma chance de gol. E, por mais paradoxal que pareça, foi aí que sofreu os dois gols.   

Tormento  

Não é possível, por um jogo só, formar um juízo sobre o que poderá fazer o novo treinador do Ceará. Teve pouco tempo para treinar. Usou Gabriel Dias, que seria a esperança de reforçar o setor, mas foi exatamente por esse setor que Ferreira entrou sempre em vantagem. Ferreira foi o nome do jogo. Além do gol que marcou, criou sérios embaraços, dificultando demais a marcação.  

Dois em um  

Incrível como o Ceará tomou o segundo gol. Messias e Luís Otávio, dois jogadores de excelente estatura, perderam a bola aérea para Diego Souza. Este tocou para Ferreira marcar o segundo o gol. Erros assim não podem acontecer. Na fase final, quando o Grêmio se acomodou, o Ceará teve três chances (Luís Otávio, Clebão e Eric), mas jamais capaz de alcançar o empate.