Ceará terá a volta dos atletas reclamadores

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Foto: Fabiane de Paula/SVM

O jogo do Ceará diante do Cuiabá, domingo próximo, tem característica muito especial. Assume a feição de partida decisiva, sem nada decidir. Teoricamente, deixará o perdedor fora de tempo, embora, no rigor matemático, o derrotado permaneça em condições de classificação. Um novo tropeço agora, já na reta final do certame, aumentará sobremaneira o pavor da queda. E gerará um maior número de erros, já pela instabilidade emocional. Isso é o que está deixando assustada a torcida alvinegra.

O combustível para encarar Corinthians, Internacional e Avaí lá fora terá de ser abastecido com vitória sobre o Cuiabá. Daí virá o ânimo. Daí virá a esperança. Daí vira a confiança. Se o Vozão não ganhar do Cuiabá, ampliado estará o pânico pela iminente ameaça de rebaixamento. E tudo se tornará muito mais difícil. O retorno de Vina e Mendoza  traz também uma indagação: eles voltarão para jogar bom futebol ou para reclamar dos árbitros? Se for jogar, ótimo. Se para reclamar, melhor que ambos permaneçam nos confortáveis alojamentos do clube. O Ceará não precisa de reclamadores. Já tem reclamadores demais. O Vozão precisa de jogadores que queiram jogar. E jogar bem.  

Bola 

Se o atleta quiser jogar mais e reclamar menos, prestará grande serviço ao clube. Olhe para bola e esqueça o apito. Com certeza o resultado será muito melhor. Mendoza, por exemplo, é um jogador de elevada qualidade. Já marcou dez gols na atual competição. Não precisa se incomodar com a arbitragem. Que cuide de fazer bem seu ofício. E pronto. 

Justificativa 

Há momentos onde a reclamação faz sentido. Então o jogador deve reclamar, mas usando do devido respeito para com o árbitro. Exemplo recente aconteceu no jogo Atlético 0 x 0 Ceará no Mineirão. O árbitro puniu com um cartão amarelo o meia Castilho, do Ceará. Castilho não fizera a falta. Protestou com veemência, mas com respeito. O árbitro corrigiu a decisão. 

VAR 

Observo as atitudes inconvenientes que, não raro, resultam em cartões. Acontecem quando o árbitro vai rever o lance por recomendação do VAR. Aí os jogadores em bloco fazem pressão e acompanham o árbitro. Ora, o árbitro não vai decidir pelo que dizem os atletas, mas pelo que verificar na telinha. Geralmente, em momentos assim, alguém leva cartão. 

Artilharia 

No Fortaleza, o artilheiro do time na atual Série A é Moisés com seis gols. Depois vem Yago Pikachu (quatro gols) que se despediu do Leão no dia 13 de julho do presente ano. Hoje, exatamente, faz três meses que Pikachu atuou pela última vez pelo Leão. Mesmo assim, exceto Moisés, ninguém no Fortaleza o ultrapassou. Incrível.  



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