Ceará derruba o Santos e o tabu

O Ceará segue. O Santos fica. Vitória merecida do Vozão, máxime pelo segundo tempo. O jogo foi bom, pleno de alternativas. Na fase inicial, mais aberto e veloz, Soteldo e Marinho, em duas bicicletas, assustassem Prass. O Ceará criou boas oportunidades com Sobis. Mas a chance melhor foi desperdiçada por Soteldo, num contra-ataque fulminante. O segundo-tempo foi do Ceará. Guto fez entrar Leandro Carvalho e depois promoveu a estreia de Vizeu. Foi buscar a classificação. Trabalhou no campo do Santos e obteve êxito aos 24’ com um belo gol de Vina. O Santos partiu para o tudo ou nada. Cuca fez entrar os atacantes Marcos Leonardo e Lucas Braga e o meia Lucas Lourenço. Guto fechou com Kelvin e Pedro Naressi. Lima, no lugar de Vina, faria a ligação. O Santos não mais criou nenhuma situação embaraçosa. Coube ao Vozão administrar a vantagem, o que fez com extrema competência. Mais uma vez Vina fez a diferença, não apenas pelo gol da vitória, mas por sua contribuição permanente na construção de jogadas. A vitória do Ceará elimina o Santos, derruba um tabu de dez anos sem triunfo sobre o Peixe e injeta R$ 3,3 milhões no cofre do Ceará. É para comemorar mesmo.   

Consequência 

A injusta expulsão de um atleta deveria ser alvo de revisão imediata por parte de um “conselho especial”, destinada a evitar dupla apenação. Ora, vejam o caso de Roger Carvalho. Além de ter sido punido injustamente com uma descabida expulsão, fica fora do jogo seguinte. Absurdo. Se houvesse esse “conselho”, o atleta estaria livre. 

Amputação 

Pelo andar da carruagem, os futuros jogadores de futebol terão braços e mãos postiços. Deixarão no vestiário e só os colocrão de volta após a partida. Só assim evitarão o cometimento de pênaltis. Há jogadores que agora perdem a velocidade porque só se preocupam em manter braços e mãos colados ao corpo. Os adversários agradecem.  Um absurdo. 

Interpretação 

Bom mesmo era quando a tipificação do pênalti somente acontecia com a intencional mão na bola. Tudo mais fácil para o árbitro. Teria apenas de verificar se intencional ou não. Hoje, conseguiram ampliar a mão que vai da cintura ao pescoço. Uma anatomia esquisita que alterou sobremaneira os conceitos científicos a respeito de tão importante parte do corpo humano. 

Pílulas 

Absurdo é uma decisão estapafúrdia como a do novo entendimento sobre pênalti ser acatada por todos os desportistas do mundo. Aceitaram caladinhos, sem protesto. Obediência completa a alguns imbecis que comandam a arbitragem mundial. 

No lugar da simplificação, a complicação. Além do trio em campo, há o VAR. E permanece a mesma coisa do tempo do Armando Marques que, conforme denúncia do ex-árbitro Dacildo Mourão, dizia: “Tem coisas que a gente vê e tem coisas que a gente não vê”.  



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