Vi várias despedidas de craques do futebol brasileiro. Pelé teve várias. Uma da Seleção Brasileira. Outra do Santos. Outra do Cosmos. Garrincha teve uma especial da Seleção Brasileira, quando ele já estava enfrentando sérios problemas financeiros. Foi uma despedida para ajudá-lo financeiramente. Despedida de Zico. Despedida de Roberto Dinamite. Por aí vai. Não faz muito, D’Alessandro despediu-se do Internacional. Agora foi a vez de Fred. Festa bonita no Maracanã. Poucos jogadores tiveram a felicidade de um encerramento tão grandioso. Emocionante. Lágrimas, palavras de carinho, de afeto, de amor ao clube. Hino do clube ao piano do notável Arthur Moreira Lima. Fantástico. Fred fez por merecer. Encerrou uma carreira brilhante como segundo maior goleador da história do Campeonato Brasileiro. O primeiro continua sendo Roberto Dinamite, com 190 gols. Dificilmente Dinamite será superado. Pikachu teria sua despedida em Buenos Aires. Ficou a expectativa. Uma expulsão tirou dele a oportunidade de sair ovacionado, deixando o Fortaleza classificado para seguir na Libertadores como era certamente seu sonho. Nada deu certo. Os planos mudaram. E ele está aí à espera da despedida.
Saída
Sou fã do Pikachu. Notável jogador. Ele parece um atleta invisível. De repente aparece e assinala gols de bela feitura. Imaginei que deixaria La Plata nos braços da torcida tricolor, como herói de uma classificação. Seria uma despedida apoteótica. Não foi. Ele mesmo, frustrado, sentiu a lambança que fez. Lamentável. Agora é esperar para ver como vai ser a verdadeira despedida.
Sem convocação
Fred encerrou a carreira. Pikachu continua. A meu juízo, Pikachu foi injustiçado no futebol brasileiro. Em 2012, brilhava no Paysandu de Belém. De lá para o Vasco da Gama em 2016. Show. Mas nunca teve seu nome lembrado para a Seleção Brasileira. Um absurdo. Nem Dunga, nem Mano Menezes, nem Felipão, nem Tite. Cegos. Nenhum deles viu o belo futebol de Pikachu. Esquisito isso.
Oportunidade
O Fortaleza ficará sem um atleta notável, Yago Pikachu. Certamente sua ausência será muito sentida. Mas será compreensível a decisão do jogador. Com 30 anos, tem de aproveitar a oportunidade para fazer o pé-de-meia dele. Depois de 30 anos, o atleta passa a ser olhado com restrições. Pikachu sabe disso. É do ramo. Agora ou nunca. Vida que segue.
Sem despedida
Muitos ídolos encerram a carreira sem festa de despedida. Aqui mesmo no futebol cearense poucos ídolos tiveram a oportunidade de uma festa assim. Gildo, Croinha, Moésio, Mozart, Pacoti, Zé Paulo, Alexandre, William, enfim, os grandes nomes não tiveram festa de encerramento de carreira. Quem ainda teve uma bonita festa foi o Sérgio Alves. Merecida, por sinal. Bela despedida do Ceará.
Este conteúdo é útil para você?