Agora será sufoco até o fim

Mais uma derrota do Fortaleza na Série A do Campeonato Brasileiro. Ao tomar um gol com menos de 10 minutos, marcado por Thiago Neves, o Tricolor do Pici viu complicar a sua missão na Ilha do Retiro. A rigor, o Sport foi melhor que o Tricolor apenas nos 10 minutos iniciais. Nada mais que isso. Daí, o Fortaleza avançou. Situou-se melhor, mas não criou claras chances de gol. Fez conclusões sem perigo com Gabriel Dias, Ronald, Osvaldo e João Paulo. Na fase final, o Sport recuou todo. Montou um modelo de contra-ataque que não funcionou nem quando Ernane Brocador entrou. O Fortaleza jogou o segundo tempo todo no campo do adversário. Fez entrar Yuri César e Ederson. Chegou ao empate, mas o VAR identificou posição irregular de Ederson. Infelicidade plena. Fora esse lance, não houve nenhuma outra oportunidade clara de gol para o Fortaleza. Finalizações pífias de Gabriel e Romarinho. As bolas alçadas na área pernambucana foram todas neutralizadas pela retranca do Sport. Dou o desconto pelo problema de saúde que afetou o elenco leonino. Mas não consigo mais ver no Fortaleza o time rápido, impositivo, dominador, que sabia se impor diante de qualquer adversário. Virou time comum.

Adequação

A um consenso segundo o qual o Ceará pode alcançar seus objetivos, inclusive a pré-Libertadores, sem a necessidade de assumir maiores riscos. Jogar cada partida de acordo com as circunstâncias, dependendo dos adversários. Mais afoito diante de uns, mais comedido diante de outros.

Exemplo

Hoje, diante do Internacional, em casa, na Arena Castelão, pode gradualmente estudar o jogo nos primeiros minutos. Depois tenta impor o que pretende na formulação tática. Foi assim na Vila diante do Santos. No primeiro tempo em Santos deu certo. Vozão acabou sendo melhor na fase inicial.

Momento

Quero crer que o técnico Guto Ferreira mais perto estará de acertar, quando mais rápido detectar quem está ou não suportando o ritmo de jogo. Se demorar demais nas alterações necessárias, correrá o risco que correu na fase final em Santos, quando o Ceará sumiu. Precisa ser cirúrgico.

Depois que o técnico Renato Gaúcho explicou o que é posse de bola na visão dele, muita gente passou a refletir sobre o assunto. Renato, no seu estilo polêmico, desvalorizou tal situação, pois a ela faltaria a esperteza dos galanteadores. 

Deu para entender muito bem a figura que o Renato criou. Uns ficam como mosca de bolo. Outros vão direto ao assunto. Não raro, esses últimos, terminam levando vantagem, conquistando a moça bonita.