A nova identidade tricolor

O Fortaleza desacreditado deu lugar a um novo Fortaleza. Nova cédula de identidade, onde a palavra confiança está escrita em letras garrafais. O Leão voltou a jogar bem. E mais: sem a preocupação de ser o time do Rogério Ceni ou o time do Enderson Moreira. É o Fortaleza, com sua tradição, com sua história. Pelo Pici já passaram centenas de treinadores. De Moésio Gomes a Caiçara, de Ferdinando Teixeira a Enderson Moreira... Os treinadores deixam suas marcas, positivas ou negativas. O clube segue, independente. O Fortaleza marcou seis gols nas duas vitórias consecutivas. Resposta ao que tanto se cobrava: acerto nas finalizações. Agora enfrenta o Palmeiras. Independentemente da formação que irá a campo, é o Palmeiras, 4º melhor do mundo. Mas um quarto lugar que, ao invés de ser motivo de honra, está sendo motivo de decepção. Quem sonhou com o título mundial jamais será confortado com um quarto lugar. Assim, qual o estado d'alma palmeirense depois desse terrível fracasso? Não sei o grau de abatimento moral que atingiu o Verdão, mas sei que o Leão procurará tirar disso o melhor proveito.

Permanência

Treinador no futebol brasileiro é a profissão que gera as maiores incertezas. Ora aqui, ora acolá. Ora vai para fora, ora pede para sair. Pense numa rotatividade. Então, quando há uma renovação de contrato, é algo para ser festejado. Guto permanece no Ceará. Nada mais justo.

Os jovens

"Nós somos jovens, jovens, jovens. Somos do exército, exército do surf". A cantora Wanderléa fez o maior sucesso com essa música. O melhor que acho é a boa convivência de jovens e veteranos. Luís Henrique e Igor Torres, jovens do Fortaleza. Saber dosar é o segredo. Enderson Moreira sabe.

Se der, ótimo

O Ceará tem condições de ganhar do Fluminense. Problema é saber o grau de desgaste do Vozão. No Ceará há atleta que parou de jogar em dezembro, quando 2020 acabou. Guto tem de saber a hora certa para injetar oxigênio, fazendo as substituições.

Decisão

Ferroviário e Icasa decidem amanhã a Fares Lopes. Pelas campanhas, há um nítido equilíbrio de forças. Louvável a retomada do Icasa, que experimentou momentos difíceis nos últimos anos. O Ferrão, pelo contrário, há muito reencontrou o melhor de sua produção, após também alguns anos de desengano. São forças imprescindíveis à valorização do nosso futebol. Não há favorito.