Primeiros socorros

Cheguei nesse mundo como filha única. Logo, entendi que tinha que ativar meu instinto de sobrevivência: ter amigos seria fundamental para uma vida mais legal. E, assim, fiz amizades que cultivo desde que me conheço como gente nesse mundão.

O meu cartão de visita é um sorriso e procuro agregar as pessoas com quem convivo. Gosto de te amigos, um tesouro!

Não fico atrás de saber se é amigo falso ou verdadeiro. Acho um saco tirar essas conclusões, porque cada um tem seu jeito de ser. Aprendi, também, que temos que “departamentalizar” as categorias de amigos.

Parece até esquisito, mas você já reparou que podemos ser amigos de todo mundo, mas sabendo como cada um é? Lá vai:

- Amigo que ouve os seus desabafos;

- Amigo que você ouve os desabafos dele;

- Amigo para interesses pessoais que são os que encontra por causa de uma atividade ou condição;

- Amigo de conveniência são os que formamos vínculos para um interesse em comum;

- Amigo de gerações diferentes são aqueles que encontramos ao longo da vida. Idade pouco importa, experiência é a grande contribuição;

- Amigo histórico é o amigo que tem várias histórias em comum com você, compartilhado vivencias, dificuldades, risos e lágrimas e que, mesmo distante, é uma amizade que pode reatar a qualquer tempo;

- E amigo íntimo, com quem você troca confidências e intimidade. 

Todas essas categorias são flexíveis e podem variar de posição ao longo da vida. Não há fórmula certa e nem conexões perfeitas. Ainda bem!

Amizade é matéria de salvação, faz bem à saúde. É um sentimento de afeição, de estima, de empatia.  

Não precisa viver grudado e nem falar todos os dias, porque, à amizade de verdade, a gente precisa dedicar tempo sem cobranças. Tenho entendido que, para uma amizade duradoura, é preciso saber cultivar e respeitar os espaços. Tem que estar pronta para os primeiros socorros da alma e conectados com o coração. 

Que você tenha um bom amigo para ter cumplicidade e, simplesmente, ser.

Dominguemos, amém!  

 



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