Voltou a fechar em queda a Bolsa de Valores brasileira B3. Ontem, ela encerrou o pregão em baixa de 0,82%, aos 112.829 pontos, enquanto o dólar fechou na estabilidade, com a mesma cotação da véspera, ou seja, valendo R$ 5.
A causa foi o cenário externo, que cresceu a aversão ao risco com a possibilidade de o Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, em sua reunião da próxima semana, manter as atuais taxas de juros da economia norte-americana, que segue firme e aquecida.
Nem a notícia de que o governo da China dará mais estímulos ao setor imobiliário, nem os bons resultados do balanço trimestral da Microsoft, que vieram além do previsto pelo mercado, animou os investidores, que também se preocupam com a escalada da guerra em Israel, cujo governo anunciou ontem que vai invadir a Faixa de Gaza por terra, mobilizando centenas de tanques e milhares de soldados.
Hoje à tarde, o presidente do Fed, Jerome Power fará um pronunciamento, que é aguardado com expectativa pelo mercado, que também aguarda a divulgação, hoje, dos dados preliminares do PIB dos EUA.
Na área da política, o destaque de ontem foi o seguinte: o presidente Lula não resistiu à pressão do Centrão, que é liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, que, finalmente, obteve a presidência da Caixa Econômica Federal, para a qual indicou um apadrinhado, o economista Carlos Antônio Vieira, que substituirá a petista Rita Serrano. Lula tira uma mulher e põe um homem no comando da Caixa.
São administrados e operados pela Caixa Econômica Federal o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, cujos recursos são bilionários.
Com essa mudança, o Palácio do Planalto espera que o Congresso acelere a votação dos projetos considerados vitais para que a meta do arcabouço fiscal de zerar o déficit em 2024 seja alcançada.
Um desses projetos é o chamado PL das offshores, que taxa os fundos exclusivos de brasileiros em paraísos fiscais, com o que o ministério da Fazenda pretende obter uma boa receita em 2024
Esse PL foi ontem mesmo incluído na pauta para votação.
É a volta do famoso toma lá, dá cá.