O caráter amouco de Lula

Foto: Foto: Douglas Magno/AFP

Os analistas políticos já dão como certa uma eleição presidencial em 2022 polarizada entre direita e esquerda, ou seja, entre Bolsonaro e Lula, não havendo chance alguma de vitória de nenhum outro candidato.

João Dória, Luciano Huck, Ciro Gomes e outros possíveis pré-candidatos ao Planalto que agradeçam essa polarização ao STF, pelo obséquio de anular os processos de um condenado em 3 instâncias da Justiça, sem levar em conta o imenso acervo probatório do réu e à revelia de uma nação roubada e vilipendiada com gana desmedida durante os governos de Lula e Dilma.

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Diante de tal permissividade judicial, não há dúvida de que o MPF e sobretudo o STF têm sido demasiadamente benevolentes em relação ao prontuário criminal de Lula, sem sombra de dúvidas, o capo di tutti capi da Organização Criminosa que ele lidera desde os anos 90.

Indiferente aos 15 processos criminais que respondia, Lula conseguiu sua liberdade debochando da Justiça e culpando seus adversários com o mesmo cinismo que o elegeu duas vezes presidente do Brasil, período em que exercitou com plenitude a demagogia sórdida, o populismo ignóbil e acobertando a roubalheira dos seus comparsas na Petrobras, Furnas, Eletros, Fundos de Pensões e BNDES.

Além dos 4 processos que foram anulados temporariamente por bondade do STF (Triplex, Atibaia e 2 do Instituto Lula), pesam ainda contra Lula mais 3 ações criminais que, por enquanto, dormem em duas Varas da Justiça Federal de Brasília.

Há pessoas que nasceram paupérrimas, viveram na extrema pobreza e às custas de muitos esforços conseguiram prosperar na vida com decência e exemplificando os valores mais sublimes como: dignidade, honestidade, sinceridade e bom caráter.

Há outras que, apesar de o mundo haver sido pródigo e generoso, desviaram-se em condutas e extraviaram-se na política, na criminalidade e marginalidade.

Lula nasceu muito pobre, lutou pela sobrevivência, ingressou na máfia sindicalista do ABC com ajuda de um irmão, prosperou na vida e, graças à política suja, enriqueceu e ajudou seus filhos a se tornarem milionários durante o tempo em que governou a 8ª potência econômica do planeta.

A desfaçatez de Lula não tem limites, tanto que, após haver cumprido 580 dias de prisão e já estando com a saúde em decadência, reaparece ele na cena política como se não tivesse acontecido, dando a impressão ilusória de que fora inocentado de todos os seus crimes e chegando mesmo a posar de inocente injustiçado e disposto a tudo para voltar ao poder com seu bando.

Uma explicação capaz de justificar a má-índole de Lula, talvez possa ser buscada na sua infância e na forma como fora criado. As misérias materiais e morais que afetaram o menino Lula desde o berço, moldaram, de certa forma, o seu caráter amouco e a sua capacidade de mentir e de trapacear nas condições de vida mais adversas.

Ora, para alguém que fora criado numa família desestruturada e vivendo na penúria, a sobrevivência não dependia só de alimentos ou de cuidados maternos, mas, sobretudo, de astúcia e de ardis, esses ardis que não poderão jamais serem revelados e muito menos desperdiçados.

Tenho a impressão de que foram justamente as misérias e escassezes de tudo que o induziram a enfrentar a vida a qualquer custo ético ou moral, do contrário não teria conseguido revelar na velhice essa capacidade de mentir descaradamente, de enganar seus aliados, de extorquir apoios dos adversários e de fazer trapaças capazes de ludibriar até mesmo os mais renitentes e empedernidos trapaceiros da política nacional.

Eis porque Lula, em plena maturidade da vida, é incapaz de reconhecer-se um sujeito ordinariamente mentiroso e afeito às diversas formas de descomposturas éticas e morais, tais como as vimos nos seus pronunciamentos em defesa dos quadrilheiros do mensalão, do petrolão e naqueles episódios em que ele (Lula) tentou criminalizar os membros da Força Tarefa de Curitiba.

Parece certo dizer que não há tantas diferenças entre Lula e os lobos: ambos mudam a pelagem com frequência, mas suas índoles más são as mesmas, o que nos leva a crer que suas índoles são congênitas e não frutos do meio ou da criação.

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.