Cuidado: falsos sites de leilões já prejudicaram mais de 52 mil

Desde o início de junho até o presente momento, já foram identificados 819 sites falsos, segundo dfndr lab

Foto: Maksim Shmeljov/Shutterstock

É aquela coisa: se está fácil demais ou bom demais para ser verdade há grande chance de ser golpe. Pois bem, o dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, identificou 819 páginas falsas que se passam por sites de leilão para veículos. O monitoramento iniciou em junho deste ano, e até então já foram detectados mais de 52 mil acessos e compartilhamentos a este tipo de golpe. Dentre os estados mais afetados estão São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ceará é o décimo mais afetado.

Como funciona o golpe

Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, explica como os golpistas atuam neste esquema: “os sites falsos mostram anúncios de carros e motos seminovos, que supostamente estariam sendo leiloados com valores bem abaixo do mercado. Os criminosos incluem ainda informações detalhadas sobre os veículos do falso leilão, como ‘IPVA 2020 pago’ e até mesmo supostas certificações. Muitas das páginas utilizam até mesmo nomes de instituições conhecidas, como o do Detran, para ganhar credibilidade e alcançar ainda mais vítimas”.

O barato pode sair caro

Os fraudadores incentivam a vítima a realizar um cadastro nas falsas páginas, enviando informações pessoais e dados bancários para garantir o suposto lance no leilão. “Os criminosos pedem cópias de documentos das vítimas e as induzem a fazer o pagamento do lance o quanto antes. Acreditando que fizeram um bom negócio, as vítimas fazem o depósito na conta bancária do atacante e nunca recebem o veículo. Quanto tentam contestar o pagamento, são ignoradas”, explica Simoni.

Veja os 10 estados mais afetados por este golpe:

São Paulo: 15.241

Rio de Janeiro: 7.250

Minas Gerais: 4.357

Paraná: 2.465

Bahia: 2.076

Rio Grande do Sul: 2.043

Santa Catarina: 1.525

Alagoas: 1.252

Goiás: 1.194

Ceará: 1.168

Como se proteger contra o golpe do falso leilão:

1 - Utilize soluções de segurança no celular capazes de identificar sites de leilões falsos. Opte sempre por aplicativos que alertam sobre links maliciosos (phishing) recebidos através do WhatsApp, Facebook Messenger, SMS e acessados através do navegador, em tempo real. 

2 - Evite fazer o cadastro em sites de leilão sem antes pesquisar por reclamações e verificar se é um site oficial de leilão.

3 - Jamais forneça dados pessoais ou bancários em links ou aplicativos de procedência desconhecida.

3 - Na dúvida, é possível verificar se um link é falso no site do dfndr lab. A checagem de links avisa em poucos segundos se um site pode oferecer alguma característica maliciosa.