Sonhos libertadores

O humano, na sua vivência, alimenta expectativas. Sonhos que, por certo, veem dos mais legítimos anseios, sem cujo alcance torna-se impossível a obtenção de um mínimo grau de vida digna. Para esse fim, as sociedades lutam em todos os sentidos; umas talvez porque mais voltadas a essa realização, têm conseguido melhor avanço do que tantas outras. O Brasil é exemplo das derradeiras.

Não é crível qualquer motivo a alimentar mistificações, sob o pretexto de ser o Brasil nação jovem, estar sujeito a adversidades naturais, sentindo-se impotente de obter sucesso nessa empreitada, e por razões superiores. Ao alavancar seus legítimos propósitos, qualquer sociedade estará apta a encarar os empecilhos que teimam em dificultar seu aprimoramento, trazendo à prática sua força institucional e sua responsabilidade para com sua cidadania; realmente a mais legítima detentora do poder.

Ocorre que, é patente a omissão de grande número de gestores /políticos, não honrando a outorga que lhes foi passada com sufrágio universal. E, aí, nada, ou quase nada, se apronta em nome dessa intransferível obrigação. O que se vê é o corriqueiro sistema de denúncias pelos mais variados motivos; já que o povo não tem a quem recorrer para salvá-lo do descaso imposto por quem lhe tem o dever de proteger. Tudo isso firmou um sistema harmônico e sólido, visando rigidez indestrutível.

Então, o povo faz sua história, amparando-se na sua fraqueza sócio-política, amargando-a, porque quem a deveria fortalecer, não o faz. Que verdadeiros curadores da nação, conhecidos outorgados do povo, que desprezam seu mais expressivo dever! A atuação cidadã restringe-se a denúncias particulares e bem distantes do poder. E, aí, continua o calvário, mostrando-se corriqueiro; amainado só quando vem um acanhado sinal de que algo reverterá lacunas antigas: miragem! 


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