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Cid Gomes entra com recurso contra liminar que suspendeu eleição para presidência do PDT Ceará

Na segunda (16), o diretório elegeu Cid para o comando até 31 de dezembro deste ano, mas, ao fim da reunião, veio a liminar

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(Atualizado às 15:39)
Cid Gomes, PDT, Justiça
Legenda: O diretório tirou André Figueiredo e colocou Cid na presidência.
Foto: Kid Júnior

No dia seguinte à reviravolta em relação à nova Executiva estadual do PDT, Cid Gomes protocolou recurso para reverter a decisão liminar que sustou os efeitos da eleição. O ato foi confirmado pela assessoria de imprensa do senador nesta terça-feira (17).  

Na segunda (16), o diretório elegeu, com 48 votos, Cid para o comando do partido no Ceará, retirando o presidente nacional interino, André Figueiredo, da presidência no Estado. O mandato de Cid se encerraria em 31 de dezembro deste ano. Ao fim da reunião, uma liminar da juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, da 28° Vara Cível de Fortaleza, suspendeu as decisões tomadas na reunião.

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Após a notícia, os dois dirigentes se pronunciaram, cada um defendendo o seu lado. Figueiredo comemorou a decisão e defendeu que o grupo do ex-governador é "maioria frágil", com objetivos que vão além dos interesses exclusivos do partido.

Cid afirmou que a magistrada foi "induzida ao erro", já que entendeu que ocorria uma convenção estadual, e não uma reunião do diretório, na ocasião. Segundo pedetistas presentes no encontro de segunda, a convenção só deve ocorrer em dezembro deste ano, a fim de eleger um novo mandato no diretório para os próximos anos.

À noite, o senador reuniu-se com aliados, como a irmã e deputada estadual Lia Gomes e o deputado federal Eduardo Bismarck para estudar o texto da liminar e preparar a contrapartida, que veio nesta terça-feira. Agora, o grupo aguarda uma nova decisão judicial sobre a Executiva.

Impasse no PDT Ceará

Apesar da crise interna do PDT no Ceará se arrastar desde a campanha eleitoral de 2022, a nova escalada na tensão dentro do partido ocorreu após o diretório estadual, sob o comando de Cid Gomes, conceder, em agosto, carta de anuência para a desfiliação do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão.

A autorização foi contestada pela Executiva nacional, sob comando de Figueiredo, e judicializada tanto na esfera cível como na Eleitoral. 

Em setembro, reunião convocada por Cid Gomes contou com a presença de Figueiredo e aliados. Na ocasião, a inclusão da pauta sobre o apoio do PDT ao Governo Elmano de Freitas chegou a ser cogitada, mas acabou sendo retirada a pedido de Figueiredo. Apesar disso, houve bate-boca entre integrantes das duas alas do PDT e Figueiredo, junto a aliados, acabaram deixando a reunião antes do fim. 

Três dias depois, no dia 29 de setembro, Figueiredo anunciou o retorno da licença e a deposição de Cid Gomes do comando do PDT Ceará. Na ocasião, os dois trocaram acusações sobre quebra de acordo. André Figueiredo afirmava que o senador havia descumprido partes do acordo feito para assumir a presidência do diretório estadual — citando a carta de anuência a Evandro Leitão e eventual discussão sobre apoio a gestão estadual. 

Já Cid afirma que o único acordo feito foi que ele ficaria na presidência até dezembro e, na sequência, apoiaria Figueiredo na eleição para um novo mandato na Executiva estadual. O senador disse que quem descumpriu o acordo foi o deputado federal. 

Em resposta, Cid e aliados convocaram uma reunião do diretório estadual para eleição de nova Executiva. Um dia antes da publicação da convocação, no entanto, Figueiredo inativou o diretório estadual e foi criada comissão provisória no lugar. 

Na última terça-feira (10), tanto a Justiça cível como a Eleitoral derrubaram o ato, restituíram os mandatos dos integrantes do diretório e desfizeram a comissão provisória. Com isso, a convocação para eleição nesta segunda foi restabelecida.

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