Betty Faria relembra ‘Tieta’, que chega ao Globoplay na próxima segunda-feira (8)
Até hoje, Betty é reconhecida por causa de sua interpretação na pele da protagonista, que ficou marcada por ser considerada uma personagem à frente de seu tempo
Depois de trinta anos, desde a sua primeira exibição, a novela 'Tieta' retorna nesta segunda-feira (8) como parte do projeto do Globoplay de resgatar clássicos da teledramaturgia da Globo a cada duas semanas.
Tieta é uma mulher forte e decidida que, aos 18 anos, é expulsa de sua terra natal, Santana do Agreste, cidade fictícia no Nordeste brasileiro, pelo próprio pai por seu comportamento livre e sem amarras. Depois de mais de vinte anos, ela retorna rica e exuberante surpreendendo a todos e movimentando o pacato lugarejo.
Betty Faria, que interpretou a personagem na sua fase mais madura, comemora a entrada da novela no catálogo. ”Fiquei surpresa e feliz. Neste momento tão difícil que estamos vivendo, a notícia da volta de ‘Tieta’ é uma alegria, um alento. Creio que o público vai certamente sentir isso. A personagem chega para fazer o bem e rompe com tudo quanto é tipo de preconceito”, celebra.
A atriz relembra ainda de quando ouviu falar da personagem pela primeira vez nos anos 1970, durante um jantar com o casal Zélia Gattai e Jorge Amado, autor do livro ‘Tieta do Agreste’, no qual a obra foi inspirada. “Zélia disse que Jorge estava escrevendo um livro que, daqui a alguns anos, o personagem seria perfeito para mim. E, alguns anos depois, veio Tieta. Eu sempre ouvi dizer que personagem tem endereço certo”.
Até hoje, Betty é reconhecida por causa de sua interpretação na pele da protagonista, que ficou marcada por ser considerada uma personagem à frente de seu tempo. “‘A novela correu o mundo e até hoje continuo sendo lembrada por onde passo. Quando entro num táxi, por exemplo, o motorista olha pra trás e diz: ‘É a Tieta, reconheci pela voz’”, fala, aos risos.
Segundo ela, a modernidade de Tieta torna a novela muito atual. “Com amor, solidariedade e liberdade, Tieta rompeu e derrubou preconceitos em todos os níveis, brigando contra o ranço do falso moralismo e até defendendo ecologicamente a cidade da exploração de gente mal-intencionada. Foi uma personagem da qual me orgulhei de fazer”, finaliza.