As mudanças no ambiente corporativo, causadas pela influência direta da tecnologia e aumento da competitividade, exigiram que os empreendedores reinventem seus processos de trabalho, dando mais velocidade à produção.
Em prol deste desafio, alguns métodos tradicionais precisaram ser repensados, dando espaço às chamadas metodologias ágeis, como explica a professora da Faculdade CDL, Danusa Façanha.
“Essas são ferramentas da gestão ágil, é uma filosofia, um mindset de gestão que se baseia no Manifesto Ágil, que tem como prioridade a satisfação do cliente, alicerçado em uma entrega contínua, realizando entregas antes do prazo e visando atender a expectativa do cliente, indo além da necessidade”
O desafio agrega também a periodicidade com a qual as entregas são feitas, para que o cliente consiga estreitar os laços com a empresa.
“São pequenas entregas, entregas frequentes. Isso faz com que seja criada uma ligação entre o cliente e o desenvolvedor do software. Estamos falando de uma entrega de poucas semanas, é a forte relação através de feedbacks”, explica Danusa.
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É importante salientar que as metodologias ágeis não são de responsabilidade exclusiva no setor de desenvolvimento e que todo o negócio deve estar envolvido na mudança.
“Outro princípio do manifesto, que rege a implantação de metodologias é a interligação da área de negócios e marketing com o desenvolvimento, isso porque são esses primeiros os que dominam o mercado”, afirma.
Apesar do que o nome propõe, a especialista esclarece o termo aplicado à metodologia: “Ser ágil não significa ser rápido: significa agregar valor ao que o cliente espera. É a aplicabilidade ao que o cliente deseja”
As empresas que se interessarem pelo modelo de metodologias ágeis devem estar dispostas a mudar a cultura tradicional de organização de negócios, com níveis hierárquicos rígidos e comunicação verticalizada.
“A empresa tem que primeiro trabalhar a sua cultura, começar a conhecer as ferramentas e ir testando aos poucos, percebendo o que vai funcionar. Mas antes de tudo é fundamental que essa empresa perceba o que satisfaz o seu cliente”
Para que seja possível uma mudança na produção, é necessário também uma mudança na gestão, principalmente no que diz respeito aos riscos. Façanha propõe que uma boa estratégia é não ter medo de errar, mas ao invés disso monitorar os erros e entender o que se adequa melhor à empresa.
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