Wesley Safadão fala pela primeira vez sobre vacinação irregular: 'quero ser tratado como um cidadão'

Cantor ainda pediu perdão em comunicado

Escrito por Redação ,
Wesley Safadão recebendo vacina contra a Covid-19 em Fortaleza
Legenda: Wesley Safadão recebeu dose do imunizante contra a Covid-19 fora do local previsto pela Prefeitura de Fortaleza
Foto: reprodução/Instagram

Wesley Safadão falou pela primeira vez, na manhã desta sexta-feira (29), sobre ter tomado a vacinação fora do local estabelecido pelo Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Em comunicado, o cantor afirmou que foi orientado a tomar o imunizante em outro posto de vacinação e explicou por que não aceitou o acordo proposto pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) com o objetivo de evitar um processo criminal. 

Segundo Safadão, o órgão queria que ele se declarasse culpado e pagasse valor estipulado em cerca de R$ 1 milhão em forma de prestação pecuniária a ser destinada a entidade pública ou privada com destinação social.

"Queriam que eu pagasse uma quantia equivalente a quase um milhão de reais, sendo que para um cidadão comum é infinitamente menor o valor", alegou o cantor. 

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"Não me neguei em nenhum momento a fazer doação até porque eu sempre fiz, e não faço só doação para minha cidade e durante a pandemia foi uma das coisas que eu mais fiz", acrescentou. 

A polêmica foi iniciada após Wesley Safadão ser imunizado fora do local estabelecido pelo poder municipal, enquanto a esposa, a influenciadora digital Thyane Dantas, recebeu dose única da vacina de forma antecipada, sem estar agendada. A produtora do cantor foi inserida no processo por também tomar imunizante em local diferente do determinado.

Cantor diz que foi 'mal assessorado'

Ainda em nota enviada a imprensa e publicada no Instagram, Wesley Safadão diz ter sido mal assessorado quanto à vacinação. No texto, ele diz reconhecer que errou.

"Claro, que fico muito triste com tudo isso, sei que errei, quem me conhece sabe meu coração e volto a dizer: Jamais faria algo assim se soubesse que era errado", relatou o cearense.

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Nesta quinta-feira, o MPCE informou que foi realizada audiência com Wesley, Thyane e Sabrina, todos acompanhados por seu advogado, para fins de Acordo de Não Persecução Penal.

"A proposta oferecida pelo Ministério Público, consistente em prestação pecuniária a ser destinada à entidade pública ou privada com destinação social, não foi aceita pelos investigados e seu advogado. Desse modo, o procedimento segue para em análise do Grupo de Trabalho", disse o MPCE em nota..

Veja nota completa:

"Ontem tivemos mais um capítulo da história da vacina, tivemos uma reunião ontem pela manhã, com Ministério Público e infelizmente não chegamos à um acordo por dois motivos: 
1- Queriam que eu me declarasse culpado 
2 - Queriam que eu pagasse uma quantia equivalente a quase um milhão de reais, sendo que para um cidadão comum é infinitamente menor o valor. 

O que saiu na imprensa, é que quando eu soube que esse valor seria para doação para instituições, eu me neguei porque eu não queria fazer doação. Isso é mentira, um grande absurdo.

Não me neguei em nenhum momento a fazer  doação até porque eu sempre fiz, e não faço só doação para minha cidade e durante a pandemia foi uma das coisas que eu mais fiz. Faço de coração, com maior prazer, quem me acompanha sabe das minhas ações sociais, durante a pandemia foram doados  respiradores, toneladas de alimentos, milhares de famílias que demos suporte! 
Quero deixar bem claro, que em nenhum momento furei fila, apenas tomei a vacina em outro lugar pq me orientaram dessa maneira, devido a lotação do meu lugar de origem. 

Sempre fui muito transparente com meu público, até demais! Se eu achasse que estava fazendo algo errado, ou cometendo um crime, vocês acham mesmo que eu publicaria?

Claro, que fico muito triste com tudo isso, sei que errei, quem me conhece sabe meu coração e volto a dizer: Jamais faria algo assim se soubesse que era errado. 

Peço perdão à população  da minha cidade, do meu país, hoje realmente vi que fui mal assessorado sobre me vacinar em outro local, me disseram que não tinha nenhum problema essa mudança e eu acreditei. Realmente fui mal orientado.

Sei que errei e quero ser tratado como um cidadão e não da forma como estão querendo me tratar".

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