Marcelo Paz diz que SAF do Fortaleza teria sido vendida se fosse majoritária: "escolhendo parceiro"

Dirigente leonino reconheceu que o caminho que o Fortaleza optou gera mais desafios, mas também tem seus benefícios

Escrito por
André Almeida andre.almeida@svm.com.br
(Atualizado às 08:48)
Legenda: Marcelo Paz, CEO do Fortaleza
Foto: Mateus Lotif / Fortaleza

Quase dois anos depois de ter se tornado SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o Fortaleza ainda não vendeu nenhum percentual de suas ações. Porém, a realidade já poderia ser diferente se o modelo adotado tivesse sido outro. Quem garantiu isso foi o CEO do clube, Marcelo Paz.

O dirigente destacou que o clube, pelo trabalho realizado nos últimos anos, receberia boas propostas e poderia inclusive escolher a empresa que iria firmar parceria.

"Se o Fortaleza tivesse se colocado como SAF para venda majoritária, e que viesse alguém para ter o controle do clube, certamente já teria feito a venda e escolhendo quem era o parceiro. 'Não, não quero esse...quero esse'. O Fortaleza é um clube que tem credibilidade e margem para crescer", disse ele, em entrevista ao ge.globo.

Paz reconhece que o caminho que o Fortaleza optou gera mais desafios, mas também tem seus benefícios.

"Porém, quando a gente coloca a venda minoritária, de fato restringe, porque geralmente quem bota o dinheiro quer mandar. Então esse é o desafio de convencer. Coloque seu recurso aqui, venha gerir junto com a gente, ocupe cadeiras estratégicas na nossa gestão e passe a ser remunerado pelo sucesso esportivo do clube. Esse é o desafio de convencimento".

O mandatário leonino coloca o Bayern de Munique como modelo de inspiração para o que o Leão do Pici pretende fazer no futebol brasileiro.

"Na Alemanha funciona assim. Mas por força de legislação. Um clube não pode ter parceiros que sejam majoritários, é até 49%. O Bayern funciona e é o grande exemplo. 25% das ações estão vendidas para três grandes parceiros, que também são patrocinadores, e o clube é um sucesso. E é inspiração pra gente. Aqui, estamos querendo ser pioneiros no futebol brasileiro. Ainda não existe investimento porque existe uma dificuldade maior de furar essa barreira", finalizou.

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