O boxe brasileiro encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris neste domingo (4). Jucielen Cerqueira Romeu foi derrotada por Esra Yldiz Kahramn, da Turquia, em decisão dividida nas quartas de final da categoria até 57kg. Assim, a modalidade se despede da competição somente com o bronze de Bia Ferreira.
Após o final dos três rounds, as duas pugilistas levantaram os braços, mas um juiz marcou vitória da turca por 30 a 27, outros três anotaram 29 a 28 para Kahramn e apenas viu a brasileira vencedora por 29 a 28.
No primeiro round, os árbitros, em decisão unânime, marcaram 10 a 9 para a turca. A brasileira conseguiu reagir no segundo, quando árbitros marcaram 10 a 9 para Jucielen e apenas um anotou 10 a 9 para a turca.
As duas pugilistas demonstraram cansaço no final do terceiro e último round, e a turca ficou com a vitória. "No terceiro round, senti um pouco o físico, as pernas", afirmou a brasileira à TV Globo. "Não vou me abater e quem sabe voltar em um próximo ciclo", completou Jucielen, que tem 28 anos e terminou na nona colocação nos Jogos de Tóquio, em 2021, sua estreia olímpica.
Antes da última luta de Jucielen, o treinador principal da equipe brasileira de boxe, Mateus Alves, classificou a campanha brasileira em Paris com um palavrão. "Foi uma b... e tenho de assumir a culpa como head coach. Fizemos um ciclo impecável e tínhamos de cumprir aqui, mas sucumbimos à pressão psicológica."
O boxe corre o risco de ficar fora da Olimpíada de Los Angeles, em 2028, por divergências políticas entre o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Associação Internacional de Boxe (IBA).