Céline Dion fala sobre possível volta aos palcos após diagnóstico de doença rara

A cantora tem Síndrome da Pessoa Rígida, uma condição neurológica rara

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
Céline Dion
Legenda: A cantora Céline Dion está afastada dos palcos desde 2022
Foto: Shutterstock

A cantora Céline Dion, de 55 anos, falou sobre como tem lidado com o diagnóstico de Síndrome da Pessoa Rígida em entrevista à Vogue França, divulgada nesta segunda-feira (22). A artista também comentou sobre a possibilidade de voltar aos palcos.

"Não venci a doença, pois ela ainda está dentro de mim e sempre estará", começou. "Espero que encontremos um milagre, uma forma de curá-lo com pesquisas científicas, mas por enquanto tenho que aprender a conviver com isso. Então sou eu, agora com Síndrome da Pessoa Rígida", acrescentou.

A Síndrome da Pessoa Rígida é uma condição neurológica rara, que afeta uma ou duas pessoas em cada milhão e é caracterizada por rigidez muscular e espasmos. Apesar de não ter cura, há possibilidades de tratamento, que são limitadas e variam de pessoa para pessoa.

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Na entrevista, a cantora revelou que faz terapia atlética, física e vocal cinco vezes por semana. "Trabalho os dedos dos pés, os joelhos, as panturrilhas, os dedos, o canto, a voz... Tenho que aprender a conviver com isso agora e parar de me questionar. No início eu me perguntava: por que eu? Como isso aconteceu? O que eu fiz? Isso é minha culpa?", relatou.

"A meu ver, tenho duas escolhas. Ou treino como um atleta e trabalho muito, ou desligo e acabou, fico em casa, ouço minhas músicas, fico na frente do espelho e canto para mim mesma. Optei por trabalhar de corpo e alma, da cabeça aos pés, com uma equipe médica. Eu quero ser a melhor que posso ser", completou.

Apesar da esperança, Céline ressalta que ainda não é possível dizer se um dia voltará aos palcos. "Há quatro anos venho dizendo a mim mesma que não vou voltar, que estou pronta, que não estou pronta... Do jeito que as coisas estão, não posso ficar aqui e dizer para você: 'Sim, em quatro meses'. Não sei... Meu corpo vai me dizer", declarou.

"Por outro lado, não quero apenas esperar. É moralmente difícil viver dia após dia. Está difícil, estou trabalhando muito e amanhã será ainda mais difícil. Amanhã é outro dia. Mas há uma coisa que nunca vai parar: a vontade. É a paixão. É o sonho. É a determinação".

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