Thiago Brennand deixa isolamento e passa a conviver com outros presos em Tremembé
Empresário foi condenado por crimes sexuais e agressão física
O empresário Thiago Brennand está em convívio com outros presos no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo.
Condenado a mais 20 anos por crimes sexuais e agressão física, ele havia sido transferido em 26 de junho para a unidade prisional, mas passou por um período de isolamento, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo.
A Secretaria de Administração Penitenciária informou que Brennand encerrou o regime de observação na última sexta-feira (5), quando foi para uma cela do pavilhão habitacional.
Anteriormente, o acusado estava preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, também em São Paulo.
A defesa de Brennand que solicitou a transferência dele para Tremembé, conhecido por ser o “presídio dos famosos” e abrigar presos que correm risco se ficarem em locais "comuns", por conta do alto perfil do caso. Ronnie Lessa, ex-policial militar que confessou participação no assassinato de Marielle Franco, é um dos internos da unidade, por exemplo.
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No total, Brennand responde a nove processos criminais. Ele foi condenado em três e fez acordo em dois. Thiago sempre negou as acusações feitas pelas vítimas, que o acusam de agressão e abuso sexual.
Duas das condenações contra Brennand são decorrentes de casos de estupro.
Na primeira, ele foi sentenciado a dez anos e seis meses de reclusão por crime sexual contra uma namorada norte-americana.
Além disso, também foi sentenciado a um ano e oito meses por agressão à modelo Alliny Helena Gomes.
Última condenação
Brennand foi condenado pela última vez em janeiro deste ano a oito anos de prisão em um processo por estupro.
Conforme a Vara de Porto Feliz, em São Paulo, uma mulher foi obrigada a fazer sexo sem preservativo com o empresário.
Segundo a denúncia, ela foi convidada para fazer uma massagem no dia 31 de março de 2022 e foi inicialmente informada que faria o serviço na capital paulista.
Entretanto, a moça foi chamada ao interior, onde chegou acompanhada de uma amiga por volta das 23h.
Brennand teria mostrado uma coleção de armas para as mulheres e, logo em seguida, pediu para que a colega deixasse o quarto e solicitou o sexo sem camisinha.
"Ele começou a falar de forma super rude, e seu quarto estava cheio de armas expostas. Ele pediu para que eu deitasse na frente dele, e pediu para eu não ter medo! A essa altura, eu já estava com muito medo. Eu estava distante de tudo, ninguém sabia que eu estava ali, só tinha funcionários de anos, aparentemente de confiança dele", disse.