Polícia conclui que namorada abriu barriga de jovem em praia do Espírito Santo

Investigação aponta que casal estava sozinho em praia

Escrito por Redação ,
Vítima
Legenda: Polícia conclui que namorada cortou barriga de jovem em praia do Espírito Santo
Foto: Reprodução Redes Sociais

A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu que o jovem que acordou com a barriga aberta numa praia de Guarapari, no Espírito Santo, teve o corte feito pela própria namorada. O caso aconteceu em janeiro deste ano, e as conclusões da investigação foram apresentadas nesta quarta-feira (27). As informações são do jornal O Globo

A corporação concluiu que o casal estava sozinho naquela noite e que o corte foi causado por Lívia Lima Simões Paiva Pedra, já considerada ré. Na ocasião, eles usavam drogas alucinógenas, do tipo LSD, e passaram a noite na areia.

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O advogado dela, Lécio Machado, disse que entregará a resposta à acusação até o fim desta semana e só depois se manifestará sobre o caso. Ele minimizou a influência do encerramento do inquérito no andamento do processo e lembrou que a vítima disse ter sido atacado por outra pessoa. 

"[...] de antemão, na leitura do depoimento dele [o jovem que teve a barriga cortada], que é a vítima, ele é claro e contundente em dizer a todo momento que eles foram atacados por terceira pessoa, que não foi a Lívia que atacou ele. Não estou dizendo que é tese de defesa, mas ele já declarou na rede social, em vídeo e na polícia. Esse é um ponto que é indiscutível", disse.

Investigação

O delegado titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari, Franco Malini, disse que um dos fatores que levou à conclusão de que a jovem foi a autora surgiu pelo descumprimento do horário que ela havia combinado com a mãe de voltar para casa.

"Somente por volta de 2h20 da manhã é que a mãe conseguiu contato telefônico com ela. A todo momento, em cerca de 50 minutos de ligação, ela fala que só ouviu a voz da filha. Em alguns momentos, ela ouviu o rapaz falando "praia do Ermitão", que foi como ela conseguiu deduzir o local em que eles estavam", relatou Malini. 

Casal não se lembra do fato

Ainda segundo o delegado, a investigação do caso não poderia ser baseada em depoimentos testemunhais "porque apenas duas pessoas estavam no local" e nenhum deles se recorda do ocorrido.

O casal apenas lembra de ter bebido vinho, ingerido droga e perdido a consciência, segundo o delegado.
 

Além disso, Malini afirma que foram analisadas imagens da entrada no local e apenas o casal entra e sai do parque naquela madrugada. Outro fator determinante para a conclusão foram as lesões na mão direita da jovem, descritas como "típicas de ataque".

"Isso nos leva a crer que ela lesionou seu namorado" disse, citando possíveis "socos no rosto" dele. O que também chamou atenção foi que, em razão da droga ingerida, o casal disse ter tido alucinações.

"Cada um descreveu a sua maneira essas memórias típicas de quem usa drogas. Mas eles falam que não se recordam do que aconteceu", disse. 

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