Se tem algo que eu gosto de escrever por aqui é sobre as vitórias de cearenses nas artes e na cultura. Então, com muito orgulho, escrevo sobre o 35º Prêmio Shell de Teatro, que acontece nesta terça-feira (18), no Rio de Janeiro, contando com indicações de três projetos de artistas do Ceará.
A primeira indicação é de Ana Marlene, na categoria Melhor Atriz, por sua atuação no espetáculo "Egoísta". Aos 60 anos, uma das mais importantes atrizes do Estado, com larga experiência no cinema e no teatro de rua, decidiu se aventurar em seu primeiro monólogo, numa peça que aborda justamente as aventuras de uma mulher na terceira idade. Ana concorre ao prêmio com Andrea Beltrão ("Lady Tempestade"), Débora Falabella ("Prima Facie") e Débora Lamm ("Último Ensaio").
A segunda indicação é de Jéssica Teixeira, por seu mais recente trabalho, "Monga". A peça segue a pesquisa e investigação da cearense sobre “corpos estranhos”, brilhando como nunca em um espetáculo repleto de provocações diretas com a plateia. Jéssica concorre à categoria Melhor Direção com Clara Carvalho ("Hedda Gabler"), José Fernando Peixoto ("Depois do Ensaio, Nora, Persona") e Naruna Costa ("Parto Pavilhão").
Pra finalizar, o grupo Pavilhão da Magnólia concorre à categoria Destaque Nacional, pelo espetáculo "A Força da Água". Com texto e direção de Henrique Fontes, a peça denuncia como o direito fundamental à água não é garantido a toda a população. No páreo, estão “A Visita da Velha Senhora”, “Marku Musical” e “Ópera Febril”.
Talvez você deva estar se perguntando o porquê de eu ter começado o texto celebrando vitórias antes mesmo da premiação acontecer, eu explico. É o que chamo de “sentimento Fernanda Torres”, onde uma alegria arrebatadora toma conta corpo simplesmente pelo fato de ver essas indicações. É muito difícil que nós, cearenses, consigamos chegar ao circuito Rio-São Paulo com nossas produções, nossas ideias e nossas trajetórias.
Recebermos reconhecimento por nossos feitos, então, é para entrar, sim, em clima de Copa do Mundo. Com esse ajuntamento potente de artistas cearenses, sem dúvidas, será uma noite inesquecível. Celebremos! Precisamos nos sentir um Pikachu.
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor