Final da Copa das Confederações será relembrada neste domingo

Brasil x Espanha, no Maracanã, marcou título da Seleção Brasileira comandada por Luiz Felipe Scolari e deu esperanças da conquista do hexa mundial em solo brasileiro. Partida será exibida às 16 horas de hoje, na TV Verdes Mares

Legenda: Em uma de suas últimas grandes exibições, o Brasil bateu a Espanha na final da Copa das Confederações
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Depois de exibir as conquistas da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1994 e 2002, além da Copa das Confederações de 2005, a TV Verdes Mares reprisará o título da Copa das Confederações de 2013, contra a Espanha, então campeã do mundo, ocorrido no Maracanã, no Rio de Janeiro, com narração original.

Construída com autoridade no que foi, para a maioria da torcida, a última grande exibição brasileira diante de uma adversária da elite europeia, a vitória por 3 a 0 sobre os espanhóis criou a esperança de que a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari estava preparada para assumir a condição de favorita e conquistaria a Copa do Mundo no ano seguinte, disputada no País.

Retrospecto ruim

Até a estreia na competição, em 15 de junho, contra o Japão, a Seleção disputou sete amistosos em 2013 e venceu apenas dois: 4 a 0 diante da Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, e 3 a 0 sobre a França, em Porto Alegre, já comandada por Didier Deschamps, mas ainda em busca da base que seria levada à Copa do Mundo de 2014 e que iria amadurecer até a conquista em 2018.

O triunfo sobre os franceses, algozes históricos do Brasil, aliviou a pressão sobre a equipe de Felipão às vésperas da Copa das Confederações.
No torneio pré-Copa, venceu Japão (3 a 0), México (2 a 0), Itália (4 a 2) e Uruguai (2 a 1) até a decisão contra os espanhóis, que chegaram para a final com uma invencibilidade de 29 partidas oficiais.

E a decisão, como foi?

Logo no 1º minuto de jogo, o centroavante Fred abriu o placar após cruzamento de Hulk pela direita. Pedro teve a chance de empatar aos 40, mas David Luiz deslizou de carrinho para salvar o chute do atacante espanhol quase em cima da linha. Ambos, David Luiz e Fred, passariam a figurar na lista de mais criticados depois da Copa do Mundo de 2014.

Neymar, aos 44 da etapa inicial, e Fred mais uma vez, aos 2 minutos do 2º tempo, fecharam a vitória e a conquista do título no Maracanã.

Repercussão

A taça recuperou a autoestima da Seleção Brasileira, que entrou em uma lua de mel com a torcida, responsável por recuperar o grito de “O campeão voltou”.

O jornal Marca, da Espanha, chamou o triunfo de “Maracantazo”, expressão que combinou o “Maracanazo” sofrido em 1950 com o canto das arquibancadas do estádio.

O clima de otimismo seguiu até o Mundial no ano seguinte, colocando o Brasil como um dos favoritos ao título ao lado de Espanha, Alemanha e, em menor escala, a Argentina de Lionel Messi.

A própria equipe espanhola apresentou na Copa a versão decadente de sua geração vencedora, caindo ainda na fase de grupos com direito a derrota por 5 a 1 para a Holanda.

O roteiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, especialmente o do duelo com os alemães, já é conhecido. O torneio escancarou deficiências que a Copa das Confederações tratou de mascarar e minou a esperança trazida com o título de 2013. A catástrofe do 7 a 1 era impensável.

O título conquistado diante da Espanha permanece como o único de Neymar com a camisa do Brasil na equipe principal. Com a seleção olímpica, ganhou o ouro na Rio 2016.

De lá para cá, com as trocas de Felipão por Dunga e, depois, Dunga por Tite, o a Seleção Brasileira caiu precocemente nas Copas Américas de 2015 e 2016, foi eliminada pela Bélgica nas quartas de final do Mundial de 2018 e se sagrou campeã da Copa América de 2019, em casa.