Conselho de Odontologia abre investigação contra dentista acusada de assédio sexual em SP
Toques inapropriados e constrangimento sexual foram algumas das denúncias reforçadas por ex-funcionários
O caso da cirurgiã-dentista Larissa Bressan, acusada de assédio moral e sexual por 11 ex-funcionários de clínica de luxo em São Paulo, será alvo de investigação do Conselho Regional de Odontologia da capital paulista (CROSP), conforme informou o órgão nesta segunda-feira (27). Ela nega as acusações, expostas em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, exibido no domingo (26).
De acordo com informações do jornal O Globo, o conselho afirmou que, "no cumprimento de suas atribuições legais, procederá a devida e regular apuração do caso para a eventual adoção das medidas cabíveis".
Além disso, o CROSP disse que o procedimento irá observar o "direito ao contraditório, à ampla defesa dos envolvidos e ao sigilo das informações nos termos da lei", completou.
Entenda o caso
Segundo os ex-funcionários, a cirurgiã-dentista obrigava os subordinados a tirarem a roupa na frente de colegas. Os momentos de assédio sexual também se estendiam ao fato de que ela própria se despia no meio do expediente, obrigando os empregados a assistirem à cena.
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Ao todo, 11 ex-funcionários da Hiss Clinical foram ouvidos pela reportagem do Fantástico. Toques inapropriados e constrangimento sexual foram algumas das denúncias reforçadas por todos. Alguns dos ex-funcionários trabalharam no local apenas um dia, enquanto outros permaneceram por meses e outros por pouco mais de um ano.
Além das cenas de assédio sexual, os responsáveis pela denúncia relataram frequente assédio moral no local de trabalho. Diariamente, Larissa Bressan faria reuniões em que os trabalhadores eram humilhados com gritos e ameaças por atitudes dentro da clínica.
Os funcionários contratados para a clínica tinham, basicamente, o mesmo perfil. Eram jovens e estavam no primeiro emprego, geralmente dependendo do salário de pouco mais de R$ 1 mil.
RESPOSTA DA DEFESA
Em nota ao Fantástico, a defesa de Bressan comentou as acusações. No comunicado, informaram que, em 11 anos de consultório, não teriam tido ciência de nenhum dos casos relatados, citando que a dentista não teria sido procurada para uma conversa.
"Os ataques à honra da cirurgiã-dentista começaram após a demissão de um funcionário", alega a defesa, também afirmando que a profissional de saúde estaria sendo alvo de uma "campanha de discurso de ódio" para prejudicá-la após a demissão do funcionário.