O Vietnã detectou uma nova variante do coronavírus, que combinaria mutações presentes nas variantes originadas na Índia (B.1.617) e no Reino Unido (B.1.117) conformou informou a imprensa estatal neste sábado (29).
"Descobrimos uma variante híbrida, que combina características da indiana e da britânica", afirmou neste sábado o ministro da Saúde, Nguyen Thanh Long, em uma reunião sobre a pandemia.
"A característica principal deste vírus é que se propaga rapidamente pelo ar. A concentração de vírus na garganta e na saliva aumenta rapidamente se espalha com muita força para o ambiente próximo", completou.
O país não informou quantos casos foram identificados, mas o ministro ressaltou que o país divulgará em breve a descoberta no mapa mundial de cepas genéticas.
A notícia foi divulgada no momento em que o país enfrenta uma nova onda de contágios em mais da metade de seu território, incluindo as zonas industriais e as grandes cidades como Hanói e Ho Chi Minh.
O país confirmou, deste o início da pandemia, 6.700 casos e 47 mortes pela Covid-19. O Vietnã já havia registrado sete variantes do coronavírus.
O governo foi elogiado pela gestão durante primeira onda da pandemia no ano passado, com a adoção de quarentenas em larga escala, além de um sistema estrito de diagnóstico e isolamento.
Diante do aumento de contágios, os deslocamentos foram limitados em todo o país e os locais de lazer e culto estão fechados em várias regiões. O Vietnã tem 97 milhões de habitantes e até o momento vacinou um milhão de pessoas. As autoridades querem acelerar o ritmo e alcançar a imunidade coletiva até o fim do ano.
Variante indiana
O Brasil tem sete casos confirmados da nova cepa, originada na Índia. Além dos seis casos do Maranhão, a B.1617 foi confirmada em um morador de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a variante B.1616 é mais transmissível que a cepa original do vírus. A variante foi apontada como um dos motivos para a explosão de casos no país indiano nas últimas semanas.