Empresários anunciavam artigos com preços 'maquiados' em redes sociais para vender psicotrópicos

Irmãos exibiam produtos variados nas redes sociais, mas com preços acima da média para chamar atenção de usuários de drogas e compradores de remédios tarja preta

Escrito por Redação ,
Foto: Foto: Darley Melo

Irmãos donos de farmácias em Reriutaba e Pires Ferreira, no Norte do Ceará, são investigados por tráfico de drogas por vender psicotrópicos pelas redes sociais. Um deles foi preso em flagrante nesta quinta-feira. Os três anunciavam produtos variados nas redes sociais, mas com preços altos para fisgar compradores de psicotrópicos e entorpecentes.

Duas farmácias de propriedade dos irmãos, sendo uma em Reriutaba e outra em Pires Ferreira, e seis residências foram alvo de seis mandados da operação Fármacos, da Polícia Civil.

Foto: Foto: Divulgação

Nos locais foram apreendidas mais de 1.300 caixas de medicamentos e mais de R$ 140 mil em bens. Entre eles um automóvel novo, avaliado em R$ 65 mil, e R$ 83,5 mil em dinheiro. Contas bancárias dos suspeitos foram bloqueadas.

Durantes as buscas, a polícia também encontrou envelopes prontos para postagens pelos Correios contendo os psicotrópicos, sem receituário.

Segundo a polícia, os suspeitos de tráfico movimentaram mais de R$ 260 mil com a prática. O homem preso foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. A pena pelo crime prevê reclusão de 5 a 15 anos, com pagamento de multa. 

Foto: Foto: Divulgação

Negociavam pela internet maquiando preços

Os irmãos agiam pela internet divulgando venda de suplementos vitamínicos e artigos de informática, por exemplo, para despistar a polícia. Os produtos eram anunciados por preços “bem acima dos negociados pelo mercado” para chamar atenção de clientes que buscavam, na verdade, os entorpecentes e psicotrópicos, segundo a polícia.  

Quando o cliente manifestava interesse, a negociação era feita pelas redes sociais e o material enviado pelos Correios.

A investigação também aponta que os irmãos vendiam medicamentos sem retenção de receita médica no balcão de atendimento das farmácias, e também comercializavam os remédios de uso controlado de forma fracionada, o que é proibido por Lei. 

 

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