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Alcolumbre cita embate das emendas com STF e defende autonomia do Congresso em primeiro discurso

Alcolumbre defendeu um Legislativo "forte, atuante e respeitado" em discurso realizado nesta segunda-feira (3)

Senador Davi Alcolumbre
Legenda: Senador Davi Alcolumbre (União-AP) é presidente do Congresso Nacional
Foto: Divulgação

O senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Congresso Nacional, realizou o discurso de abertura dos trabalhos parlamentares na sessão desta segunda-feira (3). Em sua fala, citou princípios de respeito mútuo, cooperação e fraternidade. Além disso, ainda defendeu um "Legislativo forte", citando que a "controvérsia" sobre as emendas do STF demonstra necessidade de diálogo.

"A recente controvérsia sobre emendas parlamentares ao Orçamento ilustra a necessidade de respeito mútuo e diálogo contínuo", afirmou.

"As decisões do Supremo Tribunal Federal devem ser respeitadas, mas é igualmente indispensável garantir que este Parlamento não seja cerceado em sua função primordial de legislar e representar os interesses do povo brasileiro, inclusive, levando recursos e investimentos à sua região".
Davi Alcolumbre
Senador

Durante o discurso, Alcolumbre ainda declarou que os Poderes não devem invadir funções alheias, nem agir como adversários.

"Se cada Poder cumprir sua missão sem invadir as prerrogativas do outro, se nos concentrarmos nas soluções e não nos embates, construiremos um Brasil mais forte, mais justo e mais próspero. O Executivo, o Legislativo e o Judiciário não são adversários, são pilares que sustentam a nação. Conclamo à harmonia e ao equilíbrio, pois somente assim resguardaremos os direitos e as prerrogativas constitucionais do Congresso Nacional", afirmou.

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Alcolumbre fez menção ainda à oposição e pediu um trabalho responsável. "Uma oposição consciente é necessária e sempre bem-vinda na nossa democracia. Vamos reencontrar os fundamentos comuns que nos unem: a cordialidade, o respeito mútuo, o diálogo", disse, sob aplausos. "Precisamos voltar a ouvir antes de falar, e falar sem agredir", acrescentou.

Na ocasião, estavam presentes o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

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