A defesa do ex-jogador Robinho solicitou ao Superior Tribunal Federal (STF) a suspensão da ordem de prisão "imediata" que o obriga a cumprir no Brasil sua pena de nove anos por estupro coletivo emitida na Itália.
Na quarta-feira (20), nove dos 11 magistrados do Superior Tribunal de Justiça votaram a favor de que o ex-atleta cumpra em solo brasileiro sua condenação pelo crime cometido contra uma jovem em 2013, quando era jogador do Milan.
Como já havia anunciado, a defesa de Robinho apresentou, durante a noite, um recurso de "habeas corpus" ao STF para que sua pena seja suspensa até que se esgotem as possibilidades de recurso.
O ex-jogador da Seleção Brasileira e do Real Madrid foi condenado na Itália em 2017 pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa que comemorava seu 23º aniversário em uma boate em Milão. A sentença foi ratificada em 2022.
Robinho defende sua inocência e alega que a relação foi consentida.
Após a sentença do STJ, cabe à Justiça Federal de Santos emitir o mandado de prisão, explicou o advogado criminalista Leonardo Pantaleão. Como o Brasil proíbe a extradição de seus cidadãos em sua Constituição, a Justiça italiana solicitou no ano passado a execução da pena com base em uma lei brasileira que a permite desde 2017.
O STJ examinou o pedido de homologação, sem entrar no mérito da questão nem julgá-lo novamente.