Professora de 30 anos está entre as vítimas mortas em ataque à escola no Oeste de SC

Keli Adriane Aniecevski trabalhava na unidade há mais de dez anos. Três crianças e uma auxiliar também foram mortas

Escrito por Redação ,
Professora morta
Legenda: Keli Adriane Aniecevski trabalhava na escola há mais de dez anos, segundo a família
Foto: Reprodução Redes Sociais

A professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, está entre as vítimas mortas no ataque a uma creche na cidade de Saudades, Santa Catarina, neste terça-feira (4). Ela trabalhava na unidade há mais de 10 anos. As informações são do portal G1. 

A morte da professora foi confirmada por parentes e pela secretária de educação do município, Gisela Hermann. 

"Ela era uma pessoa alegre, sempre disposta, simpática, carismática sempre, ajudando o próximo quando ela podia. Então, assim, é uma tristeza que eu não sei explicar, eu não tenho explicação para isso", disse Silvane Elfel, prima de Keli.

A escola foi invadida por um adolescente nesta terça-feira (4), deixando, além da professora, três crianças e uma auxiliar da escola mortas. O suspeito foi apreendido após o crime.

Até o momento, sabe-se que o adolescente entrou na unidade de ensino e golpeou as vítimas com um facão. A creche se chama Aquarela, atende crianças entre dois e seis anos, e está localizada na Rua Quintino Bocaiúva, que compreende os bairros Laje de Pedra e Sagrada Família, em Saudades.

As primeiras ligações de socorro teriam sido registradas por volta das 11h, segundo a Polícia Militar. A ocorrência ficou a cargo do 2º Batalhão da PM de Chapecó, que ainda realiza diligências no local.

Vítimas do crime

Em nota, a Polícia Militar de Chapecó comentou os detalhes repassados por meio dos informes da ocorrência.

"A Cre/Copom recebeu diversas ligações informando que um masculino entrou armado de arma branca tipo (facão), na Creche Aquarela Berçário - município de Saudades/SC, diversas ligações pedindo socorro da polícia, que o indivíduo estaria golpeando alunos e professores", aponta o comunicado.

A idade do restante das vítimas, além dos detalhes sobre a idade ou identidade do adolescente ainda não foram relatados. O Corpo de Bombeiros, que também está na escola municipal, isolou a área na manhã desta terça (4). 

Governador afastado lamenta

Ainda na manhã desta terça, o governador afastado de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), prestou solidariedade às famílias das crianças mortas no atentado.

Posicionamento do governador de Santa Catarina após atentado
Legenda: No texto, Carlos Moisés (PSL) definiu a notícia como devastadora e prestou solidariedade à cidade de Saudades
Foto: reprodução/Twitter

Em publicação no Twitter, ele afirmou que "todas as energias das forças de segurança da região devem ser empregadas no esclarecimento" do ocorrido na escola municipal. 

Cenas no local

Além do governador de SC, quem também prestou esclarecimentos sobre o caso foi a secretária de Educação de Saudades, Gisela Hermann. Segundo publicação do G1, a titular da pasta ressaltou o momento assustador visto pelas autoridades.

"Chegamos lá, uma cena de terror. Consegui entrar na escola. Tinha uma cara deitado no chão, mas ainda vivo, uma professora morta, uma criança morta também. A sala estava fechada, não deixaram a gente entrar", relatou.

Durante o posicionamento, Hermann ressaltou a perplexidade entre os moradores da cidade e os que investigam o crime. "Estou em estado de choque. Estamos todos em estado de choque", pontuou.

Jovem é conhecido na comunidade

A repórter Simone Fernandes, que trabalha na Rádio Saudades, no município, concedeu entrevista à Rádio Gaúcha e disse que o jovem que cometeu o ataque é conhecido por todos na comunidade como uma pessoa "comum". 

Segundo a jornalista, a cidade parou após o crime. "Ficamos sem chão. Ninguém esperava um ato desses, de desumanidade na nossa cidade. A cidade parou, está todo mundo em frente à escola prestando solidariedade aos pais. São pessoas da nossa convivência", comenta.

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