Polícia investiga denúncia de homofobia em padaria no bairro Santa Cecília (SP)

O caso aconteceu no sábado (3) na padaria Iracema

Escrito por Redação ,
Mulher gritando
Legenda: Vítimas afirmam que foram agredidas física e verbalmente
Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil de São Paulo está investigando uma denúncia de homofobia em uma padaria no bairro Santa Cecília, na capital paulista. A denúncia foi feita na segunda-feira (5). As informações são do g1.

O caso aconteceu no sábado (3), na padaria Iracema. Dois homens relataram no boletim de ocorrência que foram agredidos física e verbalmente por uma mulher no local.

As vítimas relataram que foram até a padaria e, ao chegar no estacionamento, havia três pessoas em pé, paradas em uma vaga. Eles aproximaram o carro para usar a vaga e duas pessoas saíram. Porém, uma mulher teria permanecido no lugar até ser retirada por um dos amigos.

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Em seguida, ela retornou para a vaga, empurrou o retrovisor do veículo e gritou com o motorista. As vítimas afirmam que a mulher teria usado termos homofóbicos, como "veados". A suspeita ainda teria jogado um cone contra os dois.

A mulher continuou a xingar os homens dentro da padaria. O momento foi parcialmente gravado por uma das vítimas, Rafael Gonzaga, que publicou os vídeos nas redes sociais. "Os valores estão sendo invertidos. Eu sou de família tradicional e tenho educação", diz a mulher em uma das filmagens. Rafael afirmou que ficou com o nariz sangrando após as agressões.

Ele ainda relata que acionou a Polícia, mas quando os agentes chegaram no local, a mulher foi mandada para casa. "Estamos seguindo os trâmites legais para que essa mulher pague no rigor da lei pelo crime de homofobia", escreveu.

POSICIONAMENTO DA SSP

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que os homens foram vítimas de injúria e lesão corporal. "As vítimas relataram que, ao chegarem de carro a uma padaria, foram abordadas por um grupo de pessoas, sofrendo agressões físicas. Durante o incidente, um dos agressores lançou um cone de sinalização em direção às vítimas", diz um trecho do texto divulgado pelo g1.

"O caso foi registrado como preconceitos de raça ou de cor (injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional) e lesão corporal pela Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) nesta segunda-feira (5)", finaliza a nota.

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