Ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães vira réu na Justiça por assédio
Funcionárias do banco estatal denunciaram assédio
O ex-presidente da Caixa Econômica Federal, agora ex-presidente Pedro Guimarães, virou réu pelos casos de assédio contra funcionários do banco estatal.
A Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) ajuizada em Brasília, segundo reportado pelo Metrópoles.
Os casos de assédio foram revelados por um grupo de pelo menos cinco funcionárias ao Metrópoles, em junho de 2022. As vítimas apontaram, entre outros casos, toques indevidos e "brincadeiras" desrespeitosas.
O processo corre em segredo de Justiça. Os detalhes da denúncia do MPF e a pena solicitada não foram revelados. O advogado José Luis Oliveira Lima negou os crimes em posicionamento ao portall.
Casos de assédio
A denúncia aponta que Pedro Guimarães tinha um "conceito deturpado de meritocracia", que acreditava ser possível garantir ascensão na carreira para as funcionárias que aceitassem as investidas.
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Uma das vítimas relatou ter sido tocada nas nádegas. "Nunca precisei disso na minha vida para ganhar cargo. Prefiro até não ter cargo, mas nunca precisei disso", disse.
Pedro renunciou ao cargo de presidente um dia após a repercussão da denúncia. Na época, ele negou as acusações e apontou que não poderia "prejudicar a instituição ou o governo sendo um alvo para o rancor político em um ano eleitoral".
Também foram divulgados episódios de assédio moral praticados contra subordinados. Áudios mostram que Guimarães elevava a voz com frequência e recorria a um vocabulário grosseiro quando os subordinados tinham atitudes que o desagradavam.