Aplicação da dose de reforço da vacina contra Covid inicia em setembro, diz ministro da Saúde

O imunizante usado será preferencialmente o da Pfizer, ou de maneira alternativa, o da Janssen ou da AstraZeneca

Escrito por Redação ,
Vacina contra Covid-19 da Pfizer
Legenda: O ministro explicou que as medidas têm o objetivo de prevenir o agravamento da pandemia no Brasil, que pode ser provocado pela variante Delta
Foto: Shutterstock

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (25), que o Brasil começará a aplicar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em idosos com mais de 70 anos e em imunossuprimidos a partir do dia 15 de setembro.

Segundo a pasta, o imunizante usado será preferencialmente o da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca. 

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Pessoas que possuem o sistema imunológico enfraquecido — como portadoras do HIV, indivíduos transplantados, pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses —, e já receberam a segunda dose da vacina há 28 dias, poderão tomar o reforço a partir do mês que vem. 

Os cidadãos com mais de 70 anos, que concluíram as duas etapas de imunização há mais de seis meses, também recebem a dose de reforço em setembro.

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Conforme o Ministério, as decisões foram tomadas em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (CETAI).

"Nos reunimos ontem com a Opas [Organização Pan-Americana de Saúde] e com o comitê técnico que assessora a imunização e tomamos a decisão", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à Folha de S. Paulo

Segundo o gestor ao jornal paulista, o dia 15 de setembro foi escolhido, pois, até a data, toda a população acima de 18 anos do Brasil já deve ter sido vacina com pelo menos uma dose do fármaco contra a doença. 

Queiroga ainda revelou à publicação que, no mesmo período, começa a redução do intervalo de aplicação da primeira e segunda dose dos imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca, que passa de 12 para oito semanas, como já acontece em países como o Reino Unido.

O ministro explicou que as medidas têm o objetivo de prevenir o agravamento da pandemia no Brasil, que pode ser provocado pela variante Delta.  

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Estudos apontam que a cepa, encontrada primeiro na Índia, é mais transmissível que a versão original e que apenas uma dose das vacinas não consegue evitar as infecções causadas pela mutação. No entanto, a partir da segunda dose a eficácia contra ela aumenta.

Ainda conforme o jornal, a decisão sobre aplicação de dose de reforço na totalidade da população só será tomada depois da conclusão de um estudo que o Ministério da Saúde está fazendo em parceria com universidades. 

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