Polícia tem acesso a áudios de suspeita por bolo envenenado chamando sogra de 'peste'

A polícia acredita que Zeli dos Anjos era o principal alvo do crime

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Redação producaodiario@svm.com.br

Durante investigação sobre um bolo envenenado que matou três pessoas da mesma família em Torres, no Rio Grande do Sul, a Polícia Civil teve acesso a conversas de Deise Moura dos Anjos, considerada a principal suspeita do crime. As gravações mostram como era o relacionamento dela com os familiares. 

Em um dos áudios revelados pelo 'Fantástico' no último domingo (12), Deise se refere à sogra, Zeli dos Anjos, como "peste". "A minha sogra é uma peste", disse ela. 

A polícia acredita que Zeli, que ficou 18 dias internada e teve alta na última sexta-feira (10), era o alvo do crime.

"O alvo principal dela era a sogra. Ela atraía a sogra para tentar matá-la envenenada", afirmou o delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Marcos Veloso. 

Deise foi presa em 5 de janeiro, suspeita de ter usado arsênio para envenenar o bolo de Natal comido pela família. As três pessoas que morreram foram as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva; e a filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos.

No celular da suspeita, a polícia ainda encontrou uma nota fiscal de compra virtual de arsênio. Segundo os investigadores, a mulher comprou arsênio em quatro ocasiões em um período de quatro meses. 

Exumação

Após as suspeitas de envenenamento, a polícia decidiu exumar o corpo de Paulo Luiz dos Anjos, que era marido de Zeli e sogro de Deise. Ele morreu em setembro de 2024. Exames periciais revelaram que ele também havia ingerido arsênio. 

Conforme o 'Fantástico', após a morte do sogro, Deise chegou a enviar mensagens para sogra, sugerindo uma reaproximação entre elas. 

"Tu 'tem' um filho só. Fica com ele, aproveita. Porque as suas irmãs têm a vida delas, sabe. E a gente não quer que tu 'fique' longe da gente. Aproveita, tu 'tem' um filho, 'tem' um neto, essa é a tua família agora", afirmou no áudio.

Ainda segundo a reportagem, uma amiga da família, que preferiu não se identificar, foi à polícia para contar que Tatiana, uma das vítimas, havia alertado três dias antes do episódio sobre problemas que existiam entre ela e os sogros. 

"Relatei a questão das ameaças que ela [Deise] fez à Zeli, que a Tati me falou. A história da mensagem que a Deise mandou para a Zeli, dizendo que ainda vai ver toda a família dentro de um caixão. Do Paulo também, né? Que ela disse 'eu quero que tu morra' em uma discussão", revelou a amiga da família.

Deise nega o envolvimento nos crimes. Ela está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres, e é investigada por triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada, pelo caso da família em Torres. 

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