Nívea Maria Rabelo Moreira, mãe do bebê sequestrado na madrugada da última terça-feira (31), contou a Fantástico não ter sentido raiva da responsável pelo rapto. Ela destacou que desejava apenas que o filho retornasse a seus braços.
O caso ocorreu no Centro do Rio de Janeiro, na Maternidade Municipal Maria Amelia Buarque de Hollanda. Conforme relatou Nívea, ela tirou um cochilo de apenas meia hora quando seu filho foi levado.
"Eu lembro que 1h45 da manhã eu levantei, olhei pro bercinho dele e já estava vazio. Eu não fiquei com raiva dessa menina. Eu só queria que ela devolvesse", contou a mãe.
Com uma gravidez classificada de risco, ela precisou ser afastada do trabalho de professora em agosto. "A gestação foi muito conturbada, foi um turbilhão de coisas. Meu psicológico já não estava bem", desabafou. Nívea revelou ter ficado 24 horas em trabalho de parto.
A avó do menino também se pronunciou sobre o caso, assegurando que "uma mãe não deveria viver isso, nem avó, nem avô, nem pai. Foram seis horas procurando em lixeira, no canto do banheiro, imaginando o pior", disse Patrícia Cunha Figueiras, que pediu justiça pelo episódio traumático que viveu com a família.
Caso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro já localizou e prendeu Cauane Malaquias da Costa, mulher que sequestrou o bebê. Imagens divulgadas pela TV Globo, mostram que Cauane chegou por volta das 11h40 da terça-feira (31) e ficou do lado de fora da maternidade durante cerca de 1h30min.
Os vídeos revelam que a raptadora ficou na recepção da maternidade fazendo atividades corriqueiras, como colocar o celular para carregar e encher garrafa de água. Ela conseguiu entrar para os leitos após dar uma desculpa de que iria fazer uma visita a uma conhecida.
Em depoimento à Polícia, Cauane contou que queria manter um relacionamento e, por isso, roubou o bebê. Ela responderá pelo crime de subtração de menores. A pena pode chegar até seis anos de reclusão.