Vazamento de fotos íntimas pode estar relacionado à morte de pai e filha de 4 anos em Granja

Suspeito de ser o mandante dos homicídios foi indiciado pela polícia, cerca de dois meses antes do crime, por vazar fotos de mulheres da cidade

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(Atualizado às 12:11)

Legenda: Agricultor e a filha de 4 anos foram mortos a tiros no dia 7 de julho, na varanda da casa onde moravam, na zona rural de Granja.
Foto: Reprodução

A morte de um agricultor e da filha de quatro anos e o vazamento de fotos íntimas de mulheres da cidade de Granja, a 300 km de Fortaleza, podem estar relacionados, conforme investigações da Polícia Civil. A prisão de dois suspeitos do duplo homicídio aconteceu dois dias após o crime, durante uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia CE-085.

> Agricultor e filha de 4 anos são mortos a tiros na varanda de casa em Granja

Segundo a delegada Patrícia de Brito Mendonça, da Delegacia Municipal de Granja, em meados do mês de maio, o suspeito de ser o mandante do duplo homicídio divulgou, nas redes sociais, fotos íntimas de três mulheres da região.

“O fato chocou a cidade de Granja por tamanha violência de gênero ao sexo feminino. Iniciados os trabalhos de investigação, chegou-se à conclusão de que o possível autor das divulgações seria um ex-companheiro de duas das três mulheres (a terceira vítima não foi identificada ainda), pois estaria inconformado com o término do relacionamento com uma delas”, disse. O homem foi indiciado pelo crime de divulgar cena de sexo ou de pornografia, conforme artigo 218 C, do Código Penal.

Prisões

Quatro homens suspeitos de participação no duplo homicídio foram presos, temporariamente, na semana passada. Um dos detidos, suspeito de ser o mandante das mortes, foi autuado pela polícia, cerca de dois meses antes dos homicídios, por divulgar cenas íntimas de mulheres do município.

Na última quarta-feira (2), os mandados de prisão temporária por homicídio qualificado foram prorrogados, enquanto a polícia mantém as investigações sobre os casos.

 

Duplo homicídio

João Batista Sousa Monteiro, de 45 anos, saiu para atender um chamado quando foi atingido pelos disparos, na varanda de casa. A filha, identificada como Juliana Souza Monteiro, estava perto do pai e também foi baleada. A criança chegou a ser socorrida, porém morreu no hospital. 

A delegada Patrícia de Brito afirma que as investigações seguem em andamento e,  para não comprometer as apurações, a Polícia Civil não pode revelar os nomes dos investigados nem informar quais são os indícios que ligam os dois crimes.

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