Polícia colombiana prende suspeito de participação em furto a joalheria de shopping em Fortaleza

O crime aconteceu em 2021. O nome do criminoso não foi divulgado

Escrito por Redação ,
Print de câmera de segurança mostra assaltantes entrando em loja
Legenda: O furto à joalheria aconteceu em 2021, em Fortaleza. Três homens participaram da ação criminosa, mas apenas dois deles foram capturados até o momento
Foto: Reprodução

A Polícia Federal informou nesta terça-feira (5) que um dos suspeitos de participar no furto milionário a uma joalheria de um shopping de Fortaleza foi capturado pela polícia colombiana. O crime aconteceu no dia 25 junho de 2021. O nome do criminoso não foi divulgado.

De acordo com a PF, devido às ferramentas tecnológicas avançadas utilizadas pelos assaltantes e a um modus operandi considerado "diferenciado", o furto gerou a publicação de uma "difusão roxa", que é um alerta global da Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol.

A investigação de "alta complexidade" foi conduzida pela Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil do Ceará, com colaboração da Polícia Federal.

O trâmite da extradição do preso, que é colombiano, será conduzido pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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Primeiro preso

Outro envolvido no furto já havia sido capturado em setembro de 2021, no Paraguai. Andrés Manuel López Pataquiva, de 37 anos, foi responsável por fazer perfurações nas paredes para ter acesso à joalheria. Ao entrar, ele colocou os produtos em uma mochila e saiu do shopping ao lado de um parceiro. Toda a ação criminosa durou 40 minutos.

Pataquiva foi preso ao lado da esposa. O casal foi detido no aeroporto Silvio Pettirossi, na cidade de Luque, quando passava pelo posto de controle de imigração.

Lembre o caso

O furto à joalheria foi cometido por Pataquiva e outros dois parceiros, identificados como Jefferson Geovanny Ortiz Gonzalez e Libardo Antônio Gonzalez Diaz, todos colombianos, conhecidos por participar de um grupo criminoso com atuação em diversos países. A PF não detalhou, porém, qual dos dois comparsas foi preso nesta terça.

À época do crime, o trio utilizou aparelhos de alta tecnologia para clonagem do controle remoto da porta de entrada da loja vizinha à joalheria e um bloqueador chamado "Jammer" — adotado comumente em roubo de cargas — para bloquear qualquer sinal no entorno. Dessa forma, quem estava nas imediações do estabelecimento não conseguia falar ao celular, e sistemas de alarme via rádio também estavam comprometidos.

Com os equipamentos e vestidos com roupas semelhantes ao fardamento de funcionários da loja, um deles entrou no comércio vizinho sem levantar suspeitas, enquanto outros dois deram cobertura.

[Atualização: 07/02/2024, às 09:07] Após a publicação da matéria, a defesa dos três colombianos, representada pelos advogados Kaio Castro e Janeth Martiniano, enviou nota em que afirma que "o procedimento se encontra em segredo de justiça e não podemos comentar nada do caso em concreto, contudo a defesa já tomou as providências necessárias para efetivar a ampla defesa e o contraditório, especialmente no procedimento de extradição".

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