Quatro homens foram indiciados pela Polícia Civil do Ceará pelo latrocínio do taxista Fernando Guilherme de Holanda Campos Júnior, morto a tiros no bairro Parque Araxá, em Fortaleza. O Diário do Nordeste teve acesso ao relatório final da 6ª delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No documento consta que a vítima tentou reagir ao ser amarrada pelo bando e, neste momento, um dos criminosos gritou para os demais: "atira, atira".
Estão indiciados pelo crime: Levi Oliveira Carneiro; Ronald Salatiel dos Santos, 'Diabinho'; Daniel Ladeira, o 'Arara' e Samuel Pinheiro Cunha. Um quinto suspeito, identificado apenas como 'Maycon' segue sob investigação. Até essa segunda-feira (6), apenas Levi estava preso e denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE).
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Segundo a Polícia, 'Diabinho' e 'Arara' são infratores desde a adolescência e se tratam de indivíduos "de alta periculosidade, inclusive respondem por vários crimes. São dotados de personalidade hedionda, comum em assassinos e psicopatas".
Armados, os indiciados invadiram a residência após abordar a vítima na calçada da casa dela e começaram a tomar os celulares do taxista e da esposa dele. A vítima ainda tentou reagir e acertar um soco em um dos assaltantes: "foi tudo muito rápido", disse a vítima sobrevivente.
A quadrilha pegou celulares e bolsas. Consta no relatório final da PCCE que "quando quiseram amarrar as vítimas, Guilherme tentou reagir e um deles gritou: 'atira, atira'"
Um dos veículos usados na fuga foi localizado na Praia do Futuro, horas após o latrocínio. Consta também no relatório da PCCE que Salatiel foi reconhecido como um dos autores do crime, pela própria mãe, que assistiu ao vídeo divulgado na imprensa. Policiais chegaram a ir à casa de Salatiel, mas segundo a mãe do suspeito ele já não aparecia mais na residência há algumas semanas.
Fotos de suspeitos são divulgadas
Daniel Ladeira, 26, tem antecedentes por roubo e ameaça, e Ronald Salatiel dos Santos, 22, com passagens por ameaça.
O CRIME
Guilherme estava na calçada de casa, no dia 15 de novembro de 2024, lavando painéis de placas solares. A esposa dele tinha entrado há pouco, e já foi surpreendida pelos homens armados que invadiram a casa levando o taxista.
O táxi do profissional estava estacionado em frente ao local. Imagens de câmeras de segurança da região mostram os quatro homens fugindo a pé ou em uma motocicleta após a ação. A esposa da vítima aparece nas imagens correndo para fora de casa, pedindo socorro aos vizinhos.
No dia 9 de dezembro, a 11ª Vara Criminal acolheu a denúncia do MPCE contra Levi e ele se tornou réu no judiciário. O suspeito segue detido na Unidade Prisional de Triagem e Observação Criminológica (UP-TOC), onde permanece à disposição da Justiça.