Moraes dá 48 horas para que Exército brasileiro explique visitas a militares presos sem autorização
Em resposta, Forças Armadas negam irregularidades
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o Exército esclareça os motivos pelos quais os presos do chamado 'Inquérito do Golpe' estão recebendo visitas sem autorização. A decisão foi proferida na terça-feira (24) e divulgada nesta quinta-feira (26).
As visitas envolvem parentes e advogados do general da reserva Mario Fernandes e dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima.
Pela decisão, os generais responsáveis pelos comandos militares do Leste e do Planalto deverão, no prazo de 24 horas, enviar ao ministro explicações sobre as visitas.
"Oficia-se ao comandante da 1ª Divisão de Exército, general Eduardo Tavares Martins, ao comandante do Comando Militar do Planalto, general de Divisão Ricardo Piai Carmona, e ao comandante militar do Leste, general de Exército, Kleber Nunes de Vasconcellos, para, no prazo de 48 horas, esclarecerem o desrespeito ao regulamento de visitas, com a autorização para visitas diárias", determinou Moraes.
No mês passado, eles foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília, onde estão detidos nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP).
FORÇAS ARMADAS NEGAM IRREGULARIDADES
Em resposta formalizada nesta quinta (26), o Exército negou irregularidades nas visitas. De acordo com ofício do Comando Militar do Leste, a visitação a Fernandes ocorreu conforme o regulamento previsto, ou seja, às segundas, quartas e sextas-feiras e aos domingos.
“Esta divisão de Exército esclarece que não há que se falar em visitação diária por ocasião da custódia do general de brigada Mario Fernandes, tampouco do general de Exército Walter Souza Braga Netto. Neste sentido, salvo outro juízo, não houve desrespeito ao regulamento de visitas estabelecido nesta OM [organização militar]”, declararam as Forças Armadas.
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