O candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, informou, na noite deste domingo (2), que a campanha para o segundo turno das Eleições contra Jair Bolsonaro (PL) já começa nesta segunda-feira (3) priorizando o amadurecimento de propostas, aproximação dos eleitores e o estabelecimento de alianças.
"A partir de amanhã tem campanha. Vamos ter que viajar mais, fazer mais ato público, mais comício com mais debate, vamos ter que conversar mais com as pessoas e vamos ter que convencer a sociedade brasileira daquilo que nós estamos propondo", pontuou Lula.
Lula aproveitou o pronunciamento para alfinetar Bolsonaro, citando que agora ele e o atual chefe de Estado poderão ter um embate direto para a discussão de ideias.
"Vai ser a primeira chance de a gente fazer um debate tête-à-tête com o presidente da República para saber se ele vai continuar contando mentiras ou se ele vai, pelo menos uma vez na vida, contar a verdade para o povo brasileiro".
O intervalo será usado pelo petista para evidenciar o que ele considera ter sido mal gerido pelo governo federal.
"Vocês sabem que o nosso país está pior, vocês sabem que a economia não está boa, que a qualidade de vida não está boa, que a renda não está boa, que o emprego não está bom, que a saúde não está boa e que nós precisamos recuperar o país, inclusive do ponto de vista das suas relações internacionais".
'A luta continua'
Apesar da expectativa de ganhar no primeiro turno ter sido frustrada neste domingo (2), Lula destacou que o segundo turno "é apenas uma prorrogação" e "a luta continua, até a vitória final".
"Eu disse ontem que toda eleição que disputo tenho vontade de ganhar no primeiro turno. Mas nem sempre é possível. Há uma coisa na minha vida que me motiva, estimula e faz renascer a cada dia. É a crença de que nada acontece por acaso. Sempre acreditei que íamos ganhar as eleições, e queria dizer a vocês que vamos ganhar essas eleições. Isso é apenas uma prorrogação", afirmou.
Resultado do 1º turno
Com 99,72% da seções totalizadas às 23h11, Lula obteve 57.009.102 votos, o que corresponde a 48,35% do total. Bolsonaro aparece na sequência com 43,26% dos votos (51.012.913 votos). Completam a lista:
- Simone Tebet (MDB) - 4,16%
- Ciro Gomes - 3,05%
- Soraya Thronicke (União Brasil) - 0,51%
- Felipe d'Ávila (Novo) - 0,47%
- Padre Kelmon (PTB) - 0.07%
- Léo Péricles (UP) - 0,05%
- Sofia Manzano (PCB) - 0,04%
- Vera (PSTU) - 0,02%
- Eymael (DC) - 0,01%