Relatório final da CPI não terá mais crimes de genocídio e homicídio contra Bolsonaro

Desidratado, o documento será apresentado nesta quarta-feira (20)

Não constarão mais no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 os crimes de homicídio e genocídio atribuídos ao presidente Jair Bolsonao (sem partido). O texto será apresentado nesta quarta-feira (20). Segundo o jornal O Globo, o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), confirmou a retirada destas duas acusações.

Com a derrubada desses dois pontos, a lista de crimes do presidente cai de 12 para 10. Para senadores, os "crime contra a humanidade" e de "epidemia com resultado de morte" serão equivalentes aos que foram retirados da pauta. 

Bolsonaro continuará. no relatório, sendo acusado de charlatanismo, prevaricação, entre outros. As mudanças foram confirmadas por outros parlamentares ao jornal, incluindo o relator Renan Calheiros (MDB-AL). 

Divergências provocaram a derrubada de dois crimes

As aterações foram definidas em reunião na noite dessa terça-feira (19). Segundo Aziz, o motivo foi a divergência na cúpula da CPI. “O genocídio não havia consenso, nem entre senadores nem entre juristas", disse o senador ao O Globo. 

Ele acrescentou que o homicídio seria absorvido pelo crime de epidemia, que teria o acréscimo do resultado de mortes provocadas pela Covid-19. “É só um ajuste no tipo penal”, afirmou. 

Renan concordou com as modificações. “Nós chegamos ao entendimento que o crime de homicídio não seria caracterizado em função do crime de epidemia e o de genocídio foi substituído pelo crime contra a humanidade”, observou.