Lula diz que Brasil quer estar com Venezuela, EUA, China e 'todo o mundo': 'De forma soberana'

A declaração do presidente foi dada durante a formação de novos diplomatas, no Palácio Itamaraty

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta segunda-feira (16), no Palácio Itamaraty, durante a formação de novos diplomatas, que o Brasil não tem conflitos com nenhum país e que "quer estar" com Venezuela, Argentina, China, Estados Unidos e "todo o mundo".

O petista reforçou, durante o pronunciamento, que o País "não tem nada contra" nenhuma outra nação e reforçou a soberania brasileira. "Não temos nada contra os Estados Unidos, mas somos soberanos. Não temos nada contra a China, mas somos soberanos. O Brasil quer estar com a China, com a Índia, com os Estados Unidos, com a Venezuela, com a Argentina. O Brasil quer estar com todo mundo. Agora, de forma soberana, respeitável. Não aceitamos ser menor que ninguém", disse ele.

Na ocasião, Lula ainda elogiou o Instituto Rio Branco, responsável pela formação dos novos diplomatas, pelo fato de a turma ser composta, em sua maioria, por mulheres e negros. "Quando venho aqui e vejo que o Brasil está representado na questão de gênero, na questão racial, fico com orgulho. Porque o Itamaraty é um centro de excelência", elogiou o presidente.

'Nunca o mundo viu o Brasil com tanta importância', disse Lula

No evento, Lula afirmou ainda que, diante de outras nações, no setor de energia, o Brasil é "imbatível". "O Brasil, possivelmente, não tenha tido, na sua história, nenhuma perspectiva, nenhuma chance de galgar espaços importantes no mundo como ele tem agora, com a transição climática e com a transição energética", afirmou o político.

"Nunca o mundo viu o Brasil com tanta importância. Não é só por causa do agronegócio, não é só por causa do minério de ferro, não é só por causa da soja, não é só por causa da carne. É porque o Brasil, em se tratando de energia, é um país imbatível", declarou o presidente.

Presidente repudia 'massacre' na Palestina e rechaça 'terrorismo' do Hamas

Aos novos diplomatas, Lula também afirmou que o Governo repudia o que chamou de "massacre" na Palestina, assim como também rechaça o "terrorismo" do Hamas. Além disso, o político orientou os formandos sobre a necessidade de representarem o Brasil "sem complexo de inferioridade".

"É importante o Brasil não participar da guerra da Ucrânia e da Rússia. [...] É importante o Brasil dizer que nós queremos paz, não queremos guerra", afirmou Lula. "Por isso é que nós repudiamos o massacre contra mulheres e crianças na Palestina, da mesma forma que repudiamos o terrorismo do Hamas. O Brasil prima por uma coisa: nós fazemos parte de um continente que gosta de paz e nós queremos paz", acrescentou.