O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) ouve, na manhã desta quarta-feira (4), as testemunhas da ação ajuizada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, para se desfiliar do PDT.
Ainda sob o comando do senador Cid Gomes (PDT), o diretório estadual do partido concedeu carta de anuência para que Leitão saísse do PDT. A decisão, contudo, foi questionada pela Executiva nacional do partido, sob comando do deputado federal André Figueiredo (PDT) — que reassumiu, na última segunda-feira (2), o PDT Ceará.
Para garantir a saída, Evandro Leitão ingressou com ação de desfiliação partidária na Justiça Eleitoral. No processo, ele alega "grave descriminação pessoal", que "tornou insustentável a convivência partidária com determinados segmentos do PDT Ceará".
A ala cidista do PDT tentou barrar o ingresso da Executiva nacional no processo que corre no TRE-CE, mas o pedido foi indeferido pelo relator do caso, o juiz Francisco Érico Carvalho Silveira.
Com isso, duas testemunhas foram chamadas para defender a tese de Evandro Leitão: o líder do Governo Elmano de Freitas (PT) na Assembleia Legislativa, Romeu Aldigueri (PDT), e o líder da bancada do PDT na Casa, Guilherme Landim (PDT).
Do lado de Figueiredo, o argumento é de que a carta de anuência só poderia ser concedida "após a permissão e homologação do Órgão Nacional". O diretório nacional ajuizou, inclusive, ação na Justiça comum para anular a carta de anuência concedida em agosto a Leitão.
As testemunhas convocadas por este lado são lideranças do PDT à nível nacional: a secretária-geral do PDT do Distrito Federal, Eroídes Aparecida Lessa; e os assessores jurídicos na Câmara dos Deputados Marcos Ribeiro de Ribeiro e Ian Rodrigues Dias.