Quem tem o costume de rejeitar a vacina disponível no dia do seu agendamento na sua cidade por preferir outro imunizante deve ficar de olho em uma proposta protocolada na Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (2). Assim como alguns prefeitos brasileiros, legisladores de Brasília podem reprimir os chamados "sommeliers de vacina".
O projeto de lei nº 2415/2021, apresentado pelo deputado cearense Célio Studart (PV), determina que os adeptos a essa prática sejam vacinados apenas após o fim de todo o calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI).
O controle deve ser feito com a assinatura de um termo de recusa por parte da pessoa ou por duas testemunhas no local. Esse documento é encaminhado ao Ministério da Saúde e incluído nos sistemas de controle da fila.
"Nunca tinha visto ninguém ficar escolhendo vacina. Alguém questiona a marca da vacina da gripe? Agora, em meio a uma pandemia, com mais de 520 mil mortos, com a dificuldade que estamos enfrentando pela escassez de imunizantes, tem gente querendo escolher? Pode até fazer isso, mas vai fazer do final da fila", diz o deputado.
O texto ainda lembra que apenas imunizantes liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são aplicados no País, ou seja, são "comprovadamente eficazes e seguros", não deixando margem para desconfiança da população.