Deputados estaduais que integram a CPI das Associações Militares se reúnem nesta quarta-feira (13), após mais de um mês sem sessão, para apresentação e leitura do relatório final das investigações.
Como haviam adiantado membros do colegiado, a expectativa é que seja feito o pedido de indiciamento de policiais que foram ouvidos na condição de testemunha durante os trabalhos na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).
De acordo com a assessoria do deputado Salmito Filho (PDT), o encontro dos parlamentares deverá ocorrer às 16 horas no Complexo das Comissões da Casa, mesmo local onde, desde agosto do ano passado, as sessões são realizadas.
O grupo, formado por nove deputados, apura o financiamento das entidades e a possível interferência delas no motim de policiais militares que aconteceu em 2020, no Ceará.
Conclusão da CPI
A leitura do relatório indica que a CPI das Associações Militares chegará ao fim antes do período eleitoral - previsão feita por Salmito Filho ainda em março, quando os trabalhos do colegiado foram retomados após pausa. A mesma perspectiva foi estabelecida pelo relator, Elmano Freitas (PT).
Em maio, o presidente da AL-CE, deputado Evandro Leitão (PDT) havia previsto que o relatório seria lido em plenário até o início de junho.
Chegando a 11 meses desde que foi instaurada, a CPI coletou informações e ouviu depoimentos de presidentes de associações de policiais e bombeiros militares.
A Associação dos Profissionais de Segurança (APS) teve a participação mais polêmica, com troca de acusações e oitivas que causaram tensionamento com os parlamentares.
O presidente da APS, Cleyber Araújo, foi o único que prestou dois depoimentos aos deputados. Elmano Freitas justificou o segundo chamamento alertando que ainda havia dúvidas e esclarecimentos a serem dados pelo policial.
Durante série de visitas in loco na sede das instituições, ao receber os parlamentares na APS, Cleyber chegou a dizer que "não tem que prestar contas a deputados".