Flávio Dino comentou nesta terça-feira (23) os avanços do caso Marielle Franco. Em entrevista coletiva sobre a transição com o sucessor no ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, Dino informou que será impossível prever o fim das investigações. O jurista relata ainda que a sua chegada na Pasta trouxe mais proximidade com a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro.
"Antes, a Polícia Federal já havia obtido outra delação. Com isso, é natural que existam novos atos de investigação. Os desdobramentos dos atos daquela delação podem levar a outras delações. Mas, só ha delação quando há homologação. O que posso garantir é que há vontade de elucidação do caso. É impossível prever o fim das investigações, possivelmente isto será divulgado pelo meu sucessor, mas houve muitos avanços neste caso", contou.
A outra delação que o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) se refere é a do ex-PM Élcio de Queiroz. O assunto de uma nova delação surge após o Intercept Brasil divulgar, nesta terça, noticiar que Ronnie Lessa delatou Domingos Brazão como mandante dos crimes. O nome de Brazão já havia sido citado também por Élcio, conforme noticiou o colunista Lauro Jardim, do jornal o GLOBO.
Ronnie fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), mas o tratado ainda deve ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois o acusado tem foro privilegiado por ser integrante do TCE.
Avanço do caso Marielle
Dino avaliou ainda que a morte da vereadora no Rio de Janeiro em 2018 está atrelado a outros casos que ocorreram no estado.
"Hoje, esse estado convive com um bloco criminoso. O caso Marielle é importante pelo fato de estar articulado com outros casos. Tivemos atos jurídicos relevantes e a mim coube a federalização do caso", revelou.
A parlamentar e o seu motorista Anderson Gomes foram mortos em 14 de março de 2018, após uma emboscada. As vítimas morreram no local.