O chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como Tiü França, comprou mais de R$ 1,5 mil em fogos de artifícios em uma loja de Ceilândia, no Distrito Federal, cerca de uma semana antes de detonar explosivos próximo à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Ele, que faleceu no ataque dessa quarta-feira (13), teria modificado os artefatos de forma caseira para torná-los mais potentes.
Imagens de câmeras de segurança do estabelecimento, obtidas pela Polícia Civil, mostram o homem adquirindo o material nos dias 5 e 6 de novembro. Na primeira ocasião, ele teria gasto R$ 295 e na outra R$ 1.250. Ambos os pagamentos foram realizados com um cartão de débito. As informações são dos portais G1 e Metrópoles.
Os investigadores detalharam que Tiü França modificou os fogos de artifício caseiramente para as explosões ficarem mais potentes.
A Polícia Civil verificou que a loja está regular e a venda do material foi realizada legalmente. Os comerciantes prestaram depoimento aos agentes de segurança e estão auxiliando as investigações, fornecendo as informações necessárias.
Homem estava em Brasília desde julho
Conforme a Agência Brasil, a Polícia Federal investigará como o homem obtinha o dinheiro necessário para se manter na capital federal e se agiu sozinho ou recebeu algum tipo de apoio para cometer um ato terrorista com o propósito de abolir o Estado de Direito por meio da ação violenta.
O chaveiro passou os últimos quatro meses vivendo em uma casa alugada em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes, na área central de Brasília.
Além da casa, onde preparou ao menos parte dos artefatos explosivos, ele alugou um trailer estacionado próximo à Praça dos Três Poderes, junto a outros veículos adaptados para permitir a venda de alimentos.