Em meio à expectativa sobre o apoio do PL à candidatura de Capitão Wagner (UB) ao Governo do Ceará, cresce a pressão para que o pré-candidato da oposição reforce a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) no Ceará.
Uma reunião deve acontecer até a próxima quinta-feira (21) entre o presidente estadual do PL, Acilon Gonçalves, e Wagner para bater o martelo. Questionado através de assessoria sobre o encontro, Wagner confirmou que ele deve ocorrer até o final da semana.
Acilon, por sua vez, diz que pretende encontrar com o deputado federal licenciado, mas não determinou dia para a reunião. "Há uma intenção de fazermos esta reunião porém a agenda está repleta e poderá ser adiada", disse o prefeito.
A movimentação ocorre após o presidente Jair Bolsonaro, ainda no sábado (16) falar publicamente sobre uma dobradinha entre ele e Wagner no Ceará.
"Se o Brasil tem problema, chama o capitão. Se o Ceará tem problema, chama o Capitão. Esse Ceará, esse Nordeste é nosso. (...) É o velho ditado: quando os bons se dividem, os maus vencem. O Ceará deve se unir, os bons devem se unir, a causa é o futuro do nosso Estado e do nosso Brasil", disse Bolsonaro".
O posicionamento aumentou a expectativa de que o PL se unisse ao União Brasil para composição de força na oposição. Wagner, no entanto, já afirmou em outras oportunidades que não pretende nacionalizar a disputa e que a prioridade é a eleição estadual.
O pré-candidato já chegou a dizer que mais de um candidato à Presidência da República seria bem-vindo em seu palanque.
O que dizem aliados
Essa postura, no entanto, movimenta os bolsonaristas cearenses, que pressionam por um palanque único, com Wagner apoiando a reeleição do atual Chefe do Executivo Nacional.
O deputado estadual André Fernandes (PL), um dos parlamentares próximos do presidente Bolsonaro, disse que aguarda uma decisão do PL.
"Independente da decisão que o PL tomar, tem que ser rápido. Eu vou seguir meus dois presidentes: Jair Bolsonaro e Acilon Gonçalves", disse o parlamentar.
O vereador de Fortaleza Carmelo Neto (PL), por sua vez, disse que a fala de Bolsonaro reflete a vontade do presidente e da maioria de seus apoiadores no Ceará, que é de apoiar Capitão para o governo".
Uma das defensoras de Bolsonaro na AL-CE, a deputada Dra. Silvana (PL) disse que aguarda uma posição de Capitão Wagner.
"Eu estou aguardando a nota de gratidão do Capitão ao nosso presidente. Vejo com preocupação o Capitão não ter postado em suas redes tão importante apoio. É necessário pra o bem da campanha", disse a parlamentar.
Neste domingo (17), Acilon chegou a afirmar que uma eventual coligação do partido com o União Brasil dependerá de um interesse recíproco de apoio de Wagner ao presidente Jair Bolsonaro para ser firmada.
Em meio à indefinição, Acilon ainda não descarta ter uma candidatura própria para disputar o Executivo. Ele estuda lançar o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos caso não haja acordo com o Capitão Wagner para uma coligação.