A cantora Rita de Cássia, falecida nesta terça-feira (3), enfrentou uma dura batalha contra a fibrose pulmonar nos últimos três anos. Em entrevista exclusiva à coluna, o sanfoneiro Redondo — irmão da cantora — relatou que a cearense chegou a conseguir um doador de pulmão, mas que não prosseguiu com o procedimento por causa da pandemia do coronavírus.
Nos últimos meses, a cantora chegou a receber atendimento médico em casa. Ela usou oxigênio para poder ter conforto na respiração.
"Foi feito todo procedimento para ela fazer transplante. Apareceu doador, mas por conta da pandemia não deu certo. Aí a doença se agravou. Ela perdeu 50% de um pulmão no começo. Disseram que se passasse para o segundo pulmão ela iria para uma UTI", lembrou o sanfoneiro.
Médicos pediram para Rita de Cássia parar de falar
Na entrevista, o irmão da cantora contou um pedido médico para melhorar a respiração da artista: "Os médicos pediram para ela não falar, só escrever", comentou o sanfoneiro.
"A luta foi grande nesses últimos três anos. Ela não queria que divulgasse para ninguém sofrer. A gente respeitava a opinião dela. Também tinha o problema da fala".
O sanfoneiro Redondo confidenciou à coluna que a irmã começou a usar respirador em casa em 2019.
"Ela recebia médicos em casa para fazer revisões e exercícios. Foi uma doença muito grave. Ela pelejou muito. Essa doença é muito grave", disse Redondo.
O velório da forrozeira acontece na manhã desta quarta-feira (4), em Alto Santo. O enterro acontece por volta das 17h, no cemitério público da Cidade.