'Confio no trabalho do Conselho de Ética', diz presidente da Câmara após absolvição de Ronivaldo

Antônio Henrique defendeu atuação do Conselho em decisão que arquivou pedido de cassação do vereador do PT

O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Antônio Henrique (PDT), disse, em entrevista exclusiva à coluna, que "confia no trabalho que o Conselho de Ética está fazendo" em relação ao pedido de cassação do mandato do vereador Ronivaldo Maia (PT), investigado por tentativa de feminicídio.

Nesta terça-feira (12), o Conselho decidiu pelo arquivamento do pedido, absolvendo o petista da possibilidade de perder a vaga no Legislativo.

"Eu confio no trabalho que o Conselho de Ética está fazendo porque, de fato, a gente, quando constitui esse Conselho, temos que ter essa preocupação de que eles irão fazer as coisas de maneira correta e clara", disse o presidente.

Pela regras da Câmara, é Antônio Henrique o responsável por encaminhar um pedido de cassação contra parlamentar à Coordenadoria Jurídica da Casa e acionar o Conselho de Ética para avaliar a demanda.

"É um caso que a gente precisa ter cuidado para não se posicionar de forma errada, mas, enfim, também não podemos ficar de braços cruzados. Estarei sempre do lado das causas que a gente defende, principalmente no caso das mulheres", ressaltou Antônio Henrique, durante visita institucional ao Sistema Verdes Mares na manhã desta terça.

Conselho de Ética

Acionado em situações excepcionais, o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Fortaleza decidiu arquivar o pedido de cassação do mandato de Ronivaldo Maia por quatro votos a um. O único voto contra foi da única mulher integrante do Conselho, a vereador Cláudia Gomes (PSDB).

Veja votação:

  • Danilo Lopes (Avante), presidente - Sim
  • Júlio Brizzi (PDT) - Faltou
  • Prof. Enilson (PDT) - Sim
  • Claudia Gomes (PSDB) - Não
  • Didi Mangueira (PDT) - Sim
  • Luciano Girão (PP), relator - Sim

 

O parecer foi apresentado pelo vereador Luciano Girão (PP), relator do processo, que acredita ser "aconselhável aguardar o foro competente apurar a conduta (do parlamentar)", uma vez que ainda não foi dada sentença penal sobre o caso.

O presidente do Conselho, o vereador Danilo Lopes (Avante), ressaltou que a prudência se faz necessária para que a Câmara não cometa "nenhum tipo de injustiça, entendendo a gravidade do caso".