As participações anteriores de Ceará e Fortaleza na era dos pontos corridos sempre trazem lições e, com o 2º turno do Brasileiro 2021 prestes a começar, todo cuidado é pouco para que os times não depositem confiança excessiva nas campanhas realizadas nas primeiras 18 rodadas.
Não que isto esteja acontecendo, é importante ressaltar. O Ceará até rompeu uma tradição de maior paciência na manutenção de treinadores e decidiu trocar o comando de Guto Ferreira por Tiago Nunes, mesmo a equipe estando na 8ª posição. A preocupação do clube foi clara com o desempenho e uma possível queda de rendimento no 2º turno. Decidiu agir antes do problema.
O Fortaleza, em 3º lugar, enxerga oscilações e também resolveu intervir, sendo agressivo na janela internacional. Repatriou Edinho, contratou Depiétri e Henríquez. Por fim, uma contratação de peso: Lucas Lima acertou com o Tricolor.
Histórico justifica
De 2006, início da Série A no atual formato, até 2020, foram mais quedas de rendimentos que ascensões dos times cearenses. Os motivos são fáceis de identificar. Com maior organização que a maioria dos clubes, os times cearenses têm iniciado as competições com equipes mais organizadas, com valores não tão conhecidos e também, em geral, não estão envolvidas em competições internacionais.
No segundo turno, a história muda. Mais equipes focam 100% na Série A, e as virtudes das nossas equipes são mais notadas, dificultando qualquer 'elemento surpresa'.
Exceções à regra
Em 2018 e 2020, em contextos diferentes, um de fuga de rebaixamento e outro de busca por Libertadores, o Ceará teve um segundo turno superior ao primeiro. Mas foram os únicos das cinco participações anteriores a 2021 do time no atual formato da Série A.
Em 2019, o Fortaleza, após o retorno de Rogério Ceni, obteve melhor segundo turno dos times cearenses na era dos pontos corridos.